"A gente não tem uma solução mágica para conter a inflação", avalia especialista
Em entrevista ao Agenda do Poder, economista-chefe do Inter falou sobre as perspectivas para o país
Larissa Arantes
O debate no Congresso sobre medidas que podem ser adotadas para reduzir o preço de combustíveis e energia tem se intensificado nas últimas semanas. Parlamentares tentam articular juntamente com o governo propostas que possam resultar na redução de preços para os consumidores finais de produtos e serviços. Na avaliação da economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, porém, não existe uma "solução mágica para conter a inflação".
Em entrevista ao programa Agenda do Poder nesta 6ª feira (3.jun), ela destacou que é preciso avaliar as consequências que serão geradas no futuro de algumas possibilidades que estão em discussão. "Esses artifícios para controlar preços têm um impacto muito restrito. Talvez, no curto prazo, a gente possa ver uma pequena desaceleração da inflação, mas, dependendo de como esses subsídios são feitos, podem gerar um efeito contraproducente no futuro como por exemplo mais gastos fiscais", explicou quando questionada se é possível esperar um resultado positivo de crescimento econômico diante das propostas discutidas no Congresso.
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A economista-chefe do Inter destacou ainda a análise do ponto de vista fiscal. "Quando você abre mão de impostos, significa que o governo volta a fazer déficit primário, isso também é inflacionário, isso traz mais risco do ponto de vista fiscal e pode impactar o câmbio que afetaria outros custos de outros bens e matérias primas", afirmou.
Confira a entrevista completa: