BC: contas do setor público têm superávit de R$ 4,3 bi em março
Por outro lado, contas do Governo Central tiveram déficit de R$ 7,8 bilhões no mês
SBT News
O setor público consolidado, composto pela União, pelos Estados e pelos municípios e estatais, com exceção da Petrobras e da Eletrobras, registrou superávit primário de R$ 4,3 bilhões, ante superávit de R$ 5 bilhões em março de 2021, informou o Banco Central (BC) nesta 2ª feira (16.mai).
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Por outro lado, as contas do Governo Central, que reúnem Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional, tiveram déficit de R$ 7,8 bilhões no mês. Os governos regionais e as empresas estatais registraram, respectivamente, superávits de R$ 11,9 bilhões e R$ 242 milhões no mesmo período.
Superávits ocorrem quando a arrecadação supera as despesas. Já o déficit, quando as despesas são maiores. Segundo o relatório de estatísticas fiscais, nos 12 meses encerrados em março, o superávit primário do setor público consolidado atingiu R$ 122,8 bilhões, equivalente a 1,37% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
O resultado primário é formado pelas receitas menos os gastos com juros, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Os gastos com juros nominais do setor público consolidado atingiram R$ 30,8 bilhões em março de 2022, frente a R$ 49,5 bilhões em março de 2021.
De acordo com o BC, o resultado foi influenciado pelo swap cambial, ou seja, a venda de dólares no mercado futuro. Os resultados dessas operações são transferidos para o pagamento dos juros da dívida pública, como receita, quando há ganhos, e como despesa, quando há perdas.
Já o resultado nominal do setor público, que é a diferença entre os juros nominais pagos e o resultado primário do setor público, teve déficit de R$ 26,5 bilhões em março.
Em relação à Dívida Líquida do Setor Público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais), o mês de março foi fechado em R$ 5,2 trilhões, o que corresponde a 58,2% do PIB.
"Esse resultado refletiu, sobretudo, os impactos da valorização cambial de 7,8% (aumento de 1,1 ponto percentual), dos juros nominais apropriados (aumento de 0,3 ponto percentual), do efeito da variação da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida (aumento de 0,2 ponto percentual), e do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,6 ponto percentual)". informou o BC.