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Economia

Endividamento dos brasileiros atinge recorde de 77% em março

Levantamento indica ainda que 8 em cada 10 famílias estão com renda comprometida por compras parceladas

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A comida está cara, a conta de luz, um absurdo, o gás de cozinha e o combustível então, nem se fala. O salário de muita gente não chega ao final do mês e, para muitas pessoas, a única opção é se endividar. Essa tem sido a realidade de mais da metade das famílias brasileiras. 

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O Brasil registrou, no mês março, o maior nível de endividamento em 12 anos, segundo a pesquisa de endividamento e inadimplência da Confederação Nacional do Comércio. Pelo menos 77% das famílias afirmaram ter contas em aberto no país. Há apenas um ano, o percentual era de 67,3%.

O estudo indica ainda que, apesar da atual alta nos juros, que encarecem o crédito, esse é justamente o grande vilão do orçamento familiar. De cada 10 famílias, 9 têm débitos a pagar no cartão crédito.  "Mina mãe tem um cartão de crédito, e muitas vezes, quando dá uma apertadinha, a gente chega a usar o cartão dela", conta o vendedor Alex Lara.

Mas, quem mais sofre com a alta na taxa de juros é quem recorre aos empréstimos para pagar as contas. A dívida da Dona Irene, por exemplo, só se multiplica. "Peguei só mil reais. Consegui pagar duas parcelas, mas daí veio a pandemia, né? Agora já está em 5 mil...", lamenta a aposentada Irene Keller.

Na tentativa de mudar sua relação com o dinheiro e romper esse ciclo de endividamento, muitas pessoas têm recorrido a cursos de educação financeira. No Serasa, onde o curso é online e gratuito, a procura pelas aulas aumentos 24%, atingindo quase 400 mil inscritos.

O gerente do Serasa, Thiago César, destaca que, para manter o controle do orçamento, a primeira dica é ter disciplina. "Anotar todas as despesas, seja em um caderninho, ou em uma planilha, para você ter o controle de tudo que recebe no mês. O segundo passo é você também saber o que é realmente necessário. Porque, às vezes, a gente precisa mesmo comprar alguma coisa?", afirma o especialista.

A designer de interiores Simone Carvalho topou o desafio fez o curso, e já vê mudanças no orçamento. "A gente tem que ter um controle. Saber o que vai receber para poder você saber o que vai ter para pagar. Até as moedinhas que eu não guardava, hoje eu guardo, para poder comprar o pão das crianças, todos os dias", ela relata.

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