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Economia

Para controlar a inflação, Copom aumenta Selic para 10,75%

Taxa básica de juros voltou aos dois dígitos após quase cinco anos

Imagem da noticia Para controlar a inflação, Copom aumenta Selic para 10,75%
Banco Central
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Depois de quase cinco anos, a taxa básica de juros da economia brasileira voltou aos dois dígitos. Para frear a inflação, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) definiu a Selic em 10,75% nesta 4ª feira (02.fev). O percentual é o maior desde junho de 2017.

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Em março de 2021, quando a taxa básica estava em 2,75% ao ano, começou a trajetória de alta, subindo a cada reunião do Copom. A medida pode melhorar o controle da economia, mas é ruim para quem depende de crédito.

Com juros altos, o acesso ao dinheiro diminui, os consumidores compram menos e quem produz é obrigado a baixar os preços, diminuindo a inflação, mas criando um problema pra quem precisa de dinheiro.

A alta da Selic dificulta o financiamento de bens duráveis como casa e carro e a negociação de crédito com bancos e financeiras. Para o economista Igor Lucena, não há previsão de redução da Selic tão cedo e isso vai impactar no crescimento do país, por causa da diminuição dos investimentos.

"O resultado prático é um PIB próximo de zero para as previsões de 2022. O Banco Central deve diminuir a taxa de juros apenas quando a inflação mostrar que vai cair", afirma o economista. 

Enquanto uns perdem, outros ganham com os juros de investimentos. Há nove anos, o bancário Leonardo Caetano reserva 20% do salário para aplicações. "Querendo ou não a gente tem um rendimento maior no final do mês e isso aí é o que tudo mundo gostaria. É muito bom".

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