Boletim Focus prevê mais inflação e menos crescimento do PIB
Estimativa da taxa inflacionária subiu pela 19ª nona semana seguida e chega a 7,05%
A projeção da inflação este ano voltou a subir na previsão dos economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central. Pela 19ª vez, os analistas estimam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficará acima da meta. Na semana passada a estimativa estava em 6,88% e nesta semana passou para 7,05%.
A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que foi elevada na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 4,25% ao ano para 5,25% ao ano. Ao anunciar a decisão, o Copom já sinalizou que pretende elevar a Selic em mais um ponto percentual na próxima reunião, marcada para setembro.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7,50% ao ano. Na semana passada, a previsão era de 7,25%
Os economistas baixaram a projeção para o crescimento da economia brasileira de 5,30% para 5,28%.
O dólar deve chegar ao final do ano em cotação estável em R$ 5,05.