Economia
Sem privatizar, BB ficará atrás da concorrência, diz Montezano
Presidente do BNDES é o entrevistado do Poder em Foco desta semana
Roseann Kennedy
• Atualizado em
Publicidade
O Banco do Brasil não terá condições de competir no mercado nos próximos anos e a tendência é de que seja vendido, na avaliação do presidente do BNDES, Gustavo Montezano. "Provavelmente, se não for privatizado, vai ficar muito aquém da concorrência. Então, a gente vê com naturalidade que, em algum momento, no futuro, isso ocorra", afirmou, em entrevista ao Poder em Foco, que vai ao ar no SBT, neste domingo (17).
Na semana passada, a divulgação de um plano de enxugamento das agências do BB e do Programa de Demissão Voluntária, com expectativa de atingir 5 mil funcionários, expôs a necessidade de adequação da instituição ao atual mercado de contas digitais que têm fintechs, operadoras de tecnologia, corretoras e até empresas de telefonia querendo virar banco.
Montezano avaliou que o banco será muito impactado pela revolução tecnológica e disse que o formato estatal limita seus avanços.
"É uma competição tecnológica muito ferrenha. Então, vai ser uma briga por eficiência, que a gente nunca viu antes. Com todas as amarras que o banco público tem, ou ele é um banco com nicho muito definido, como é o caso do BNDES, que faz uma atividade essencialmente de governo, ou a concorrência pelo cliente final vai ficar muito difícil de conseguir".
O presidente do BNDES ressaltou, porém, que a venda do BB não ocorrerá no atual Governo e que a orientação do presidente Jair Bolsonaro é deixar o banco fora do programa de desestatização. "A orientação que nós temos do presidente, é que o Banco do Brasil está fora de cogitação de ser privatizado. Está fora da mesa".
Até mesmo as mudanças na atual tamanho da instituição enfrentam resistência do presidente Bolsonaro. Na semana passada, por exemplo, ele cogitou trocar o presidente de Banco do Brasil, André Brandão, por não concordar com o plano de redução da estrutura bancária e de seu quadro funcional.
Gustavo Montezano é engenheiro mecânico e mestre em economia. Começou a carreira no mercado financeiro. No governo Bolsonaro, também foi secretário adjunto de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, deixou o cargo para assumir o BNDES em julho de 2019, por indicação do ministro Paulo Guedes.
O Poder em Foco vai ao ar todo domingo, logo após o Programa Sílvio Santos. É apresentado por Roseann Kennedy, que semanalmente recebe um jornalista convidado. Nesta semana é o sócio-fundador da Agência Infra, Dimmi Amora.
Na semana passada, a divulgação de um plano de enxugamento das agências do BB e do Programa de Demissão Voluntária, com expectativa de atingir 5 mil funcionários, expôs a necessidade de adequação da instituição ao atual mercado de contas digitais que têm fintechs, operadoras de tecnologia, corretoras e até empresas de telefonia querendo virar banco.
Montezano avaliou que o banco será muito impactado pela revolução tecnológica e disse que o formato estatal limita seus avanços.
"É uma competição tecnológica muito ferrenha. Então, vai ser uma briga por eficiência, que a gente nunca viu antes. Com todas as amarras que o banco público tem, ou ele é um banco com nicho muito definido, como é o caso do BNDES, que faz uma atividade essencialmente de governo, ou a concorrência pelo cliente final vai ficar muito difícil de conseguir".
O presidente do BNDES ressaltou, porém, que a venda do BB não ocorrerá no atual Governo e que a orientação do presidente Jair Bolsonaro é deixar o banco fora do programa de desestatização. "A orientação que nós temos do presidente, é que o Banco do Brasil está fora de cogitação de ser privatizado. Está fora da mesa".
Até mesmo as mudanças na atual tamanho da instituição enfrentam resistência do presidente Bolsonaro. Na semana passada, por exemplo, ele cogitou trocar o presidente de Banco do Brasil, André Brandão, por não concordar com o plano de redução da estrutura bancária e de seu quadro funcional.
Perfil
Gustavo Montezano é engenheiro mecânico e mestre em economia. Começou a carreira no mercado financeiro. No governo Bolsonaro, também foi secretário adjunto de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, deixou o cargo para assumir o BNDES em julho de 2019, por indicação do ministro Paulo Guedes.
O Poder em Foco vai ao ar todo domingo, logo após o Programa Sílvio Santos. É apresentado por Roseann Kennedy, que semanalmente recebe um jornalista convidado. Nesta semana é o sócio-fundador da Agência Infra, Dimmi Amora.
Publicidade