Economia
Empresas de telefonia defendem participação de chineses no leilão do 5G no Brasil
Nota defende que a livre iniciativa seja protegida no processo
Nathália Fruet
• Atualizado em
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Uma nota divulgada nesta 6ª feira (27.nov) pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular (SindiTelebrasil) cobra transparência sobre a discussão de quem poderá participar do leilão do 5G no Brasil (leia a íntegra no final da publicação).
Nos bastidores do Planalto, o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, discute com assessores e outros ministros palacianos a edição de um decreto para evitar que a gigante chinesa Huawei participe do leilão, que deve ser realizado no primeiro semestre do ano que vem. Se o decreto de fato for editado, a medida vai beneficiar empresas norte-americanas.
No início desta semana, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) postou nas redes sociais uma mensagem sugerindo espionagem dos chineses na questão da tecnologia 5G. A Embaixada da China rebateu com uma nota dizendo que a postura do deputado poderia gerar restrições na relação do Brasil com o país asiático. Eduardo apagou a publicação original.
O Itamaraty saiu em defesa do deputado e mandou nota para a Embaixada da China dizendo que não é apropriado aos agentes diplomáticos tratar assuntos da relação entre os dois países pelas redes sociais. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os canais diplomáticos estão abertos e devem ser usados. Na manhã desta 6ª feira (27), o vice-presidente Hamilton Mourão reforçou esse discurso e afirmou que é a segunda vez que o embaixador chinês reage dessa forma. Defendeu que o embaixador deveria ter encaminhado uma carta para o ministro Ernesto Araújo: "Ele vai ao Itamaraty e apresenta as suas ponderações, e não via rede social ou então vira um carnaval esse negócio", disse o vice-presidente ao chegar ao Planalto.
Na nota, o sindicato defende que a discussão sobre o assunto seja transparente, respeitando a livre iniciativa. Também alerta que o ambiente de incertezas e possibilidade de restrições podem impactar o desempenho do setor, desequilibrar custos e atrasar o processo de início das operações com o 5G no Brasil. A nota também lembra que todos os fornecedores globais já atuam no Brasil nas tecnologias 4G, 3G e 2G. Segundo o documento, uma eventual restrição a fornecedores do 5G pode atingir a integração com a infraestrutura que já está em operação no país. A consequência disso, segundo o sindicato, é afetar de forma direta os serviços já em operação e o preço que se paga por isso.
O 5G é o novo padrão de tecnologia para as redes de telefonia celular e internet, que ainda não foi instalado no Brasil.
Nos bastidores do Planalto, o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, discute com assessores e outros ministros palacianos a edição de um decreto para evitar que a gigante chinesa Huawei participe do leilão, que deve ser realizado no primeiro semestre do ano que vem. Se o decreto de fato for editado, a medida vai beneficiar empresas norte-americanas.
No início desta semana, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) postou nas redes sociais uma mensagem sugerindo espionagem dos chineses na questão da tecnologia 5G. A Embaixada da China rebateu com uma nota dizendo que a postura do deputado poderia gerar restrições na relação do Brasil com o país asiático. Eduardo apagou a publicação original.
O Itamaraty saiu em defesa do deputado e mandou nota para a Embaixada da China dizendo que não é apropriado aos agentes diplomáticos tratar assuntos da relação entre os dois países pelas redes sociais. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os canais diplomáticos estão abertos e devem ser usados. Na manhã desta 6ª feira (27), o vice-presidente Hamilton Mourão reforçou esse discurso e afirmou que é a segunda vez que o embaixador chinês reage dessa forma. Defendeu que o embaixador deveria ter encaminhado uma carta para o ministro Ernesto Araújo: "Ele vai ao Itamaraty e apresenta as suas ponderações, e não via rede social ou então vira um carnaval esse negócio", disse o vice-presidente ao chegar ao Planalto.
Na nota, o sindicato defende que a discussão sobre o assunto seja transparente, respeitando a livre iniciativa. Também alerta que o ambiente de incertezas e possibilidade de restrições podem impactar o desempenho do setor, desequilibrar custos e atrasar o processo de início das operações com o 5G no Brasil. A nota também lembra que todos os fornecedores globais já atuam no Brasil nas tecnologias 4G, 3G e 2G. Segundo o documento, uma eventual restrição a fornecedores do 5G pode atingir a integração com a infraestrutura que já está em operação no país. A consequência disso, segundo o sindicato, é afetar de forma direta os serviços já em operação e o preço que se paga por isso.
O 5G é o novo padrão de tecnologia para as redes de telefonia celular e internet, que ainda não foi instalado no Brasil.
Íntegra da nota do SindiTelebrasil
Nota SindiTelebrasil - 27/11/2020 by Carlos Lins on Scribd
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