Economia
Pandemia pode causar choque econômico menor que o esperado, diz diretor do BC
Para Bruno Serra, políticas de expansão de crédito implementadas pela entidade foram fundamentais para enfrentar a perda de renda projetada em março
SBT News
• Atualizado em
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Em videoconferência organizada pela corretora XP Investimentos nesta sexta-feira (24), o diretor de política monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra, afirmou que o impacto econômico provocado pela pandemia do novo coronavírus dá sinais de que pode não ser tão grande quanto as projeções do último mês de março indicavam.
"O choque que a gente esperava lá em março parece que pode se transformar num choque mais curto ou menos longo", disse o economista. Segundo ele, a atual crise econômica é bastante diferente da ocorrida em 2008, visto que naquele ano, ao contrário de agora, o setor financeiro foi responsável por provocar o ciclo econômico ruim, precisando corrigir seus próprios erros antes de iniciar políticas de expansão de crédito que encerrassem a recessão.
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"O choque que a gente esperava lá em março parece que pode se transformar num choque mais curto ou menos longo", disse o economista. Segundo ele, a atual crise econômica é bastante diferente da ocorrida em 2008, visto que naquele ano, ao contrário de agora, o setor financeiro foi responsável por provocar o ciclo econômico ruim, precisando corrigir seus próprios erros antes de iniciar políticas de expansão de crédito que encerrassem a recessão.
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Por outro lado, Bruno pontuou ainda que "naturalmente assim, a última instância, quem vai definir a duração desta crise está muito mais do lado da medicina do que dos economistas". Em sua visão, a variação nas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano está muito fora do comum, impulsionada por uma recuperação desordenada entre os diferentes setores, de modo que enquanto o varejo cresceu em maio, os serviços recuaram.
Falando sobre a inflação, analisou: "a gente está em uma situação que não é 100% confortável. A gente tem um centro da meta para perseguir em 2021. Apesar de uma melhora recente, a gente vai precisar fazer essa avaliação à altura da próxima reunião, o que o Comitê entende desses dois lados aí para a conjuntura futura, para a projeção de inflação de 2021". A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está prevista para ocorrer entre os dias 4 e 5 de agosto.
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