Jeff Bridges e os dilemas entre passado e presente
Estreia nesta semana segunda temporada de "The Old Man" que tem Bridges como protagonista
Cleide Klock - Los Angeles
Você que gosta de thrillers e séries de espionagem, já assistiu à primeira temporada da série "The Old Man"? Se não corra porque a segunda estreia nessa semana (dia 13/9, no Disney+). Uma mistura de ação e drama, com um protagonista complexo e cheio de nuances. Jeff Bridges nos leva por uma jornada emocionante, explorando os limites da lealdade e as consequências das nossas escolhas na vida. O SBT News fez entrevistas exclusivas e foi à estreia em Los Angeles.
Inspirada na obra homônima do escritor Thomas Perry, "The Old Man" é uma trama explosiva com espionagem, conflitos pessoais e relações internacionais. Na primeira temporada conhecemos Dan Chase, interpretado por Jeff Bridges, um homem solitário que vive com seus dois cães no interior. Mas o passado como agente da CIA bate novamente à sua porta. Há muitos mistérios a serem desvendados com peças importantes nesse quebra-cabeças, como a 'filha', papel de Alia Shawkat e o ex-companheiro da CIA, Harold Harper, personagem de outro veterano: John Lithgow.
Agora, a segunda temporada aprofunda conflitos e relações, revela novas camadas de complexidade nessa história e aos poucos mostra quem é quem, e como as personagens lidam com as consequências de suas ações ao longo de décadas. E foram os atores que nos revelaram o que prometem mostrar os novos episódios e como é estar nesse enredo.
"O que eu gosto nessa história é que ela é meio marginal numa maneira maravilhosa de ser um thriller de espionagem com armas, mas é realmente uma conversa muito inteligente sobre poder, idade, homens, mulheres, força. Quando você pensa que entendeu isso, posso garantir que não entendeu, nós aprendemos a cada semana. Então sim, é muito diferente de tudo", contou a atriz Amy Brenneman.
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Já Jeff Bridges nos falou: "Quando eu estava lendo o livro, não conseguia parar, me afetou muito e o roteiro é exatamente assim também. Eu interpreto um ex-agente da CIA, um espião, e, sendo ator, pude me ver como um desses caras, com o que fazem. Esses caras são provavelmente os melhores atores do mundo porque estão atuando para sobreviver, então foi intrigante. Mas minha parte favorita sobre todo o processo e com quem eu tenho a oportunidade de trabalhar: Amy Brenneman, John Lithgow, todas essas pessoas legais. Mas, como sou ator, pude me enxergar no personagem. Temos um cara chamado Christopher Huddleston, que é nosso cara de verdade no set, ele foi um agente da CIA, falamos sobre trabalhos de atuação e conversamos sobre como ele atuou para sobreviver, então me vejo muito nele".
O produtor-executivo Warren Littlefield recebeu o SBT News para uma conversa sobre a série e nos revelou detalhes sobre as filmagens e a ficção, que por detrás nos mostra muito da realidade.
Qual o grande destaque dessa temporada, se compararmos com a primeira?
Acho que na segunda temporada, temos uma nova dinâmica. Na primeira temporada, Jeff Bridges e John Lithgow tiveram pouquíssimas cenas juntos. Eles eram forças opostas, mas realmente não estavam na mesma cena ao mesmo tempo. A segunda temporada, os joga literalmente na cena de abertura, na parte de trás de um caminhão de carga. Eles estão em uma jornada no Afeganistão para tentar resgatar Alia Shakar, que é essencialmente a filha deles. Não é a filha biológica deles, mas eles pensam nela como filha deles. Então essa é uma dinâmica maravilhosa, que eles conseguem ser jogados juntos, eles têm uma missão comum, embora não consigam concordar em como realizar a tarefa. Então eu acho que para Angela/Emily, que Alia (Shawkat) está interpretando, revela-se em uma história de identidade realmente poderosa para ser Parwana. E então a jovem que eles estão resgatando não é quem eles pensam que ela é. E ela aprendeu que ela não é quem ela pensa que é. Então, obstáculos incríveis, ameaças geopolíticas, os EUA, Rússia, China, Afeganistão, todos os tipos de coisas sendo jogadas em nós, mas acho que também é uma história profundamente pessoal.
E quando você filmou essa segunda temporada?
Terminamos em março. E, acredite ou não, nossas locações são o Afeganistão e vamos para Londres e vamos para Hong Kong. Mas, filmamos tudo no sul da Califórnia e nas colinas de Santa Clarita. Construímos uma vila afegã e, peça por peça, montamos esse mundo. E então, através da magia dos efeitos visuais, colocamos as colinas e as montanhas do Afeganistão. Eu acho que o mundo é muito crível. Fazemos muita pesquisa e temos um departamento de arte incrível. Então vamos para Londres, não realmente. Vamos para Hong Kong, na verdade, não. Mas acho que para o público, eles sentem o escopo e o tamanho da nossa jornada. Acho que esse é um elemento importante para aproveitar o show
Sabemos que é ficção, mas como você acha que essa história ressoa com o nosso mundo agora?
John Steinberg criou uma ficção histórica, com russos, EUA, China e Afeganistão. Acho que um espectador inteligente reconhecerá que esses tipos de lutas políticas, que também têm muito dinheiro em jogo, são todas batalhas reconhecíveis nas quais estamos envolvidos agora. Então colocamos isso através das lentes de nossos personagens e contamos nossa história, mas é muito crível. Fazemos muita pesquisa. Temos um consultor incrível da CIA e tudo ajuda a contar essa histórias.