Crime
Farmácias vão receber denúncias de mulheres vítimas de violência doméstica
Entre março e abril deste ano, as chamadas para o 180, central de atendimento à mulher, cresceram 34%, e os casos de feminicídio, 22%
SBT News
• Atualizado em
Publicidade
Farmácias de todo o país podem receber denúncias de mulheres vítimas de violência doméstica e acionar a polícia. Por meio de um sinal nas mãos, os atendentes ou farmacêuticos serão alertados de que a cliente sofre agressões.
A campanha chamada "Sinal Vermelho", foi lançada em conjunto com a Associação dos Magistrados Brasileiros e o Conselho Nacional de Justiça, e contará com o apoio de dez mil farmácias espalhadas por todo o território nacional.
Francisco, que é supervisor de um estabelecimento cadastrado na ação, em São Paulo, passou por um atendimento antes de começar a atuar. "Os atendentes estão preparados para quando chegar uma mulher com o X na mão, vão ligar para o 190 e avisar para a PM, vão fazer o acolhimento da vítima numa sala reservada. Não será necessário que o funcionário seja testemunha na delegacia e fica mais tranquilo para farmácia", explica o farmacêutico.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, entre março e abril deste ano, já durante a pandemia do novo coronavírus, as chamadas para o 180, a Central de Atendimento à Mulher, aumentaram 34% em relação ao mesmo período do ano passado. Já os casos de feminicídio cresceram 22%.
"A gente fazia, em média, dois ou três flagrantes por plantão, mas atualmente a gente tem feito quatro, cinco, seis, até sete ocorrências apresentadas pela PM. Esse confinamento faz com que ela fique convivendo com o agressor de uma forma muito mais intensa do que antes", explica a delega de defesa da mulher, Patrícia Chalfun.
Em casos de violência doméstica, a denúncia pode salvar vidas. Uma mulher que, por medo, prefere ter a identidade preservada, relata a rotina de agressões que culminaram, durante o isolamento, em uma tentativa de feminicídio.
"Ele tentou me enforcar e foi muito traumático para mim. (..) Querendo ou não, as mulheres que trabalham, tem um alívio no trabalho. Sair de casa é um alívio desse abuso. E ficar em casa, preso, fere muito. (...) É vergonhoso passar por uma situação dessa, ninguém merece passar por uma situação dessa, e essa é uma forma muito discreta da mulher expor o seu problema e pedir ajuda".
A campanha chamada "Sinal Vermelho", foi lançada em conjunto com a Associação dos Magistrados Brasileiros e o Conselho Nacional de Justiça, e contará com o apoio de dez mil farmácias espalhadas por todo o território nacional.
Francisco, que é supervisor de um estabelecimento cadastrado na ação, em São Paulo, passou por um atendimento antes de começar a atuar. "Os atendentes estão preparados para quando chegar uma mulher com o X na mão, vão ligar para o 190 e avisar para a PM, vão fazer o acolhimento da vítima numa sala reservada. Não será necessário que o funcionário seja testemunha na delegacia e fica mais tranquilo para farmácia", explica o farmacêutico.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, entre março e abril deste ano, já durante a pandemia do novo coronavírus, as chamadas para o 180, a Central de Atendimento à Mulher, aumentaram 34% em relação ao mesmo período do ano passado. Já os casos de feminicídio cresceram 22%.
"A gente fazia, em média, dois ou três flagrantes por plantão, mas atualmente a gente tem feito quatro, cinco, seis, até sete ocorrências apresentadas pela PM. Esse confinamento faz com que ela fique convivendo com o agressor de uma forma muito mais intensa do que antes", explica a delega de defesa da mulher, Patrícia Chalfun.
Em casos de violência doméstica, a denúncia pode salvar vidas. Uma mulher que, por medo, prefere ter a identidade preservada, relata a rotina de agressões que culminaram, durante o isolamento, em uma tentativa de feminicídio.
"Ele tentou me enforcar e foi muito traumático para mim. (..) Querendo ou não, as mulheres que trabalham, tem um alívio no trabalho. Sair de casa é um alívio desse abuso. E ficar em casa, preso, fere muito. (...) É vergonhoso passar por uma situação dessa, ninguém merece passar por uma situação dessa, e essa é uma forma muito discreta da mulher expor o seu problema e pedir ajuda".
Publicidade