Crime
RS: Casal é baleado por engano durante abordagem da PM em Gravataí
Eles estavam em um carro de aplicativo, que era dirigido por um homem, foragido da Justiça. Familiares afirmam que os passageiros também foram agredidos
SBT News
• Atualizado em
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Um homem e uma mulher foram baleados por engano pela polícia militar em Gravataí, no Rio Grande do Sul. O casal estava em um carro de aplicativo, que era dirigido por um foragido da Justiça.
O caso aconteceu no dia 17 de maio, quando a costureira gaúcha, Dorildes Laurindo, de 56 anos, e o estudante angolano Gilberto Almeida, de 26 anos, voltavam de um passeio no litoral norte do estado.
"Havia dois passageiros, um casal, junto com o motorista, que estava fazendo uma corrida para este casal. Percebendo a presença da viatura da Policia Militar, ele passou o sinal vermelho e começou a empreender fuga", relata o delegado Eduardo Amaral sobre a ação.
Minutos depois, o motorista parou o veículo e fugiu. Ele era foragido do sistema prisional pelo crime de tentativa de feminicídio.
Assustado, o casal, que estava no banco de trás, também correu. Os dois, então, foram baleados pelos policiais. Familiares dos passageiros denunciam que, além de alvejados, Dorildes e Gilberto foram torturados pelos policiais militares. "Eles estavam algemados no chão, e os policiais pisavam na cabeça deles. Arrastaram ela algemada, bateram neles, chutaram as costas dela, onde deram o tiro, porque não foi suficiente para eles balear", revela Marjorie Homes Luciano, irmã de Dorildes.
Em depoimento à polícia civil, os PMs alegaram legítima defesa. Segundo os policiais, Gilberto estava armado e atirou contra a viatura. A investigação, porém, concluiu que o estudante era inocente. O angolano, que vive no Brasil há cinco anos, chegou a ser preso, acusado de tentativa de homicídio. Ele só foi libertado nesta sexta-feira (29).
Em nota, a empresa de aplicativo afirma que a verificação de documentos não é obrigatória e que o motorista optou por não fazer o cadastramento. O foragido Luiz Carlos Pail Júnior foi preso.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil considerou a ação dos PMs um "excesso injustificável". Um inquérito policial militar também irá investigar a conduta dos agentes.
A família de Dorildes, que segue internada em estado grave, agora luta por Justiça. "Duas pessoas inocentes! Porque eles nem perguntaram dá onde era, não perguntaram nada, não quiseram saber, saírem atirando, metendo bala. Ela vai ficar paraplégica, na melhor das hipóteses, eles deixaram ela ficar paraplégica, e a gente vai rezar para que... [se emociona]. Eu estou aqui com medo, mas isso não pode ficar, porque a minha irmã hoje, ela está em um hospital, o estado dela é gravíssimo. É horrível tu saber que tu contribui para o salário deles, tu confia neles...", desabafa a irmã.
O caso aconteceu no dia 17 de maio, quando a costureira gaúcha, Dorildes Laurindo, de 56 anos, e o estudante angolano Gilberto Almeida, de 26 anos, voltavam de um passeio no litoral norte do estado.
"Havia dois passageiros, um casal, junto com o motorista, que estava fazendo uma corrida para este casal. Percebendo a presença da viatura da Policia Militar, ele passou o sinal vermelho e começou a empreender fuga", relata o delegado Eduardo Amaral sobre a ação.
Minutos depois, o motorista parou o veículo e fugiu. Ele era foragido do sistema prisional pelo crime de tentativa de feminicídio.
Assustado, o casal, que estava no banco de trás, também correu. Os dois, então, foram baleados pelos policiais. Familiares dos passageiros denunciam que, além de alvejados, Dorildes e Gilberto foram torturados pelos policiais militares. "Eles estavam algemados no chão, e os policiais pisavam na cabeça deles. Arrastaram ela algemada, bateram neles, chutaram as costas dela, onde deram o tiro, porque não foi suficiente para eles balear", revela Marjorie Homes Luciano, irmã de Dorildes.
Em depoimento à polícia civil, os PMs alegaram legítima defesa. Segundo os policiais, Gilberto estava armado e atirou contra a viatura. A investigação, porém, concluiu que o estudante era inocente. O angolano, que vive no Brasil há cinco anos, chegou a ser preso, acusado de tentativa de homicídio. Ele só foi libertado nesta sexta-feira (29).
Em nota, a empresa de aplicativo afirma que a verificação de documentos não é obrigatória e que o motorista optou por não fazer o cadastramento. O foragido Luiz Carlos Pail Júnior foi preso.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil considerou a ação dos PMs um "excesso injustificável". Um inquérito policial militar também irá investigar a conduta dos agentes.
A família de Dorildes, que segue internada em estado grave, agora luta por Justiça. "Duas pessoas inocentes! Porque eles nem perguntaram dá onde era, não perguntaram nada, não quiseram saber, saírem atirando, metendo bala. Ela vai ficar paraplégica, na melhor das hipóteses, eles deixaram ela ficar paraplégica, e a gente vai rezar para que... [se emociona]. Eu estou aqui com medo, mas isso não pode ficar, porque a minha irmã hoje, ela está em um hospital, o estado dela é gravíssimo. É horrível tu saber que tu contribui para o salário deles, tu confia neles...", desabafa a irmã.
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