Dino diz que mudará tom em cadeira no STF: "Ministro não tem ideologia"
Em campanha no Senado, o titular da Justiça afirmou que guardará posicionamentos para sabatina e que está com "dedicação tranquila"
Em tom de campanha para que o nome avance no Senado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, defendeu que terá uma outra postura caso o nome seja confirmado ao Supremo Tribunal Federal (STF): "Vestir a toga deixa de ter lado político".
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Dino também afirmou, nesta 4ª feira (29.nov), que não terá dificuldades em deixar de lado as posições ideológicas e que atende aos critérios da Corte. Ele ainda disse que a postura adotada durante as conversas com senadores será a mesma no próprio Supremo.
"Ministro do Supremo não tem ideologia, ministro do Supremo não tem lado [...] Evidentemente que eu mudo a roupa que visto, e essa roupa hoje, em busca de apoio no Senado, é a roupa que vestirei sempre", afirma.
As declarações foram dadas no Senado, ao lado do senador Weverton Rocha (PDT-MA), que relata a indicação do ministro ao STF. O parlamentar manifestou apoio ao nome de Dino e tem colaborado na campanha por votos de senadores.
Na busca por apoio, Dino sse estar com "dedicação tranquila", e que sempre teve contato com senadores. Algumas das conversas tem sido feitas por telefone.
Após o anúncio, ele foi a gabinetes no Congresso, tendo conversado com os senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Eliziane Gama (PSD-MA) e Ivete da Silveira (MDB-SC).
Apoio no Senado
Depois das novas idas a gabinetes, Dino disse contar com apoio "suficiente" para ter o nome aprovado no Senado. Uma das estratégias de apoio, conforme apurou o SBT News, será a intermediação de parlamentares aliados, como a senadora Eliziane Gama. A senadora é conterrânea de Dino e levará o nome dele em conversas com a bancada feminina e evangélica.
Um dos momentos possíveis para discussão do indicado será em um jantar marcado para a noite desta 4ª feira, na casa de Eliziane. Das 15 senadoras do Congresso, 14 estão previstas para comparecer - a única que disse que não poderá ir é Mara Gabrilli (PSD-SP).
O evento estava marcado há duas semanas, como confraternização entre as congressistas, mas a indicação veio a calhar e também pode ser tratada entre as parlamentares.
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