Marina diz que processos do Ibama podem ser aperfeiçoados, mas não flexibilizados
Ministra fez comparação ao comentar pedido da Petrobras para Foz do Amazonas; também defendeu avaliação para análise
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, admitiu nesta 4ª feira (30.ago), que os processos de análise do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devem ser aperfeiçoados, com a ponderação de que isso não pode flexibilizar as decisões da autarquia. A ministra também defendeu que mudanças devem contar com o apoio de gestores públicos - e que a decisão deles deve se sobrepor a intenções políticas.
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"É uma preocupação, sim. Estão corretos aqueles que querem aperfeiçoamento, mas o aperfeiçoamento não é para que tenhamos flexibilização, afirmou a ministra em audiência na Comissão de Minas e Energia, na Câmara dos Deputados.
Marina também afirmou que as questões sociais defendidas para exploração na Margem Equatorial são válidas, mas que esbarram na questão ambiental e no benefício econômico: "Temos que manter os pilares: benefício econômico, benefício social e o benefício ambiental [...] Do ponto de vista social, demanda legítima, do ponto de vista ambiental, altamente preocupante, do ponto de vista econômico, questão igualmente a ser tratada", defendeu.
A ministra, que foi ao Congresso para discutir o pedido de exploração da Foz do Amazonas, também afirmou que o espaço entre parlamentares é importante para discutir interesses políticos, mas que não pode haver intenção em tentar se sobrepor determinadas perspectivas. "O problema é quando alguém tenta sobrepor, de forma ilegítima, os seus interesses", declarou.