Ao vivo: Silvinei Vasques presta depoimento à CPI do 8 de janeiro
Ele é suspeito de atrapalhar o segundo turno das eleições no ano passado
Ricardo Brandt
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques começou a ser ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, nesta 3ª feira (20.jun). Chefe da PRF no governo Jair Bolsonaro (PL), ele afirmou ao chegar que responderá todas as perguntas.
"Vocês verão a verdade, vamos acabar com todas essas fake news que estão falando", disse Vasques, aos jornalistas, na entrada da sala de sessões da CPMI. Seu depoimento abre os trabalhos de oitiva de testemunhas da comissão.
Ele foi convocado a pedido da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), alinhada à base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A CPMI, aberta em 25 de maio, virou um cabo de guerra entre membros da oposição e situação. Aliados de Lula aprovaram os primeiros depoimentos e buscam identificar o envolvimento de aliados de Bolsonaro nos atos criminosos de 8 de janeiro e nos episódios antecedentes - desde a derrota nas urnas, em 30 de outubro.
Investigado pela Polícia Federal (PF) pelas blitze da PRF, no segundo turno das eleições, em 2022, e alvo de um processo na área cível por uso indevido do cargo para fazer campanha para Bolsonaro, Vasques chegou antes das 9h ao Senado - horário marcado para a oitiva. O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), abriu a sessão por volta das 9h30. Os membros buscam um acordo para votação de pedidos de convocação de outras testemunhas, antes de iniciar o depoimento.