Em queda de braço com governo, Câmara adia reestruturação dos ministérios
Esplanada será decidida na véspera do vencimento da medida provisória; Senado precisa votar até 1º de junho
Após a derrota do governo com o marco temporal, a Câmara dos Deputados decidiu adiar a votação da medida provisória de reestruturação dos ministérios e vai deixou para votar sobre o tema na 4ª feira (31.mai). Com aceno do ministro das Relçaões Institucionais, Alexandre Padilha, a expectativa é que o texto siga a mudança que diminuiu a organização em áreas do Meio Ambiente. O governo precisa que a votação passe entre deputados e pelo Senado até 5ª, dia 1º de junho, para que a organização da Esplanada não deixe de valer.
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As mudanças em Ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas foi definida na última semana, na comissão especial que discutiu o tema entre deputados e senadores. As adaptações foram alvo de críticas pelas ministras das áreas, Marina Silva e Sonia Guajajara, respectivamente.
No fim da última semana, após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros e representantes do governo no Congresso, os ministros Rui Costa e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais e da Casa Civil, afirmaram que fariam negociações para manter a estrutura original da Esplanada - sem as mudanças da comissão especial.
Mas os acordos não foram para frente e, nesta 3ª, Padilha voltou atrás. Em nome do governo, o ministro defendeu a aprovação da proposta da forma como acordada no Congresso.
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A medida provisória precisa ainda ser aprovada no Senado, onde há sinalização de que não haja dificuldades em liberar o texto da Câmara. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), garantiu ter o apoio do presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que a votação aconteça "de noite ou até de madrugada". Caso não seja aprovada a tempo, a estrutura da Esplanada de Lula deixaria de valer, o que tornaria 17 ministérios extintos.
Bolsa Família
Durante a noite de 3ª, os deputados aprovaram a medida provisória do Bolsa Família, que retoma o programa social. A medida incluiu o pagamento do auxílio-gás. O texto agora segue para o Senado.