CPI convoca presidente do Vila Nova para esclarecimentos sobre manipulação
Hugo Jorge Bravo denunciou o esquema envolvendo apostadores
Paola Cuenca
A CPI da Manipulação de Jogos de Futebol, na Câmara, convidou o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo -- que denunciou o esquema envolvendo apostadores -- para prestar esclarecimentos. Os parlamentares também querem ouvir autoridades do Ministério Público de Goiás, que investigam a fraude.
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Na primeira sessão foram aprovados 10 requerimentos, entre eles o que solicita o acesso às investigações do MP de Goiás.
Até agora, 15 atletas já se tornaram réus no caso das manipulações. Oito apostadores e aliciadores também foram denunciados e oito jogadores estão suspensos por ordem do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
O plano prevê que o relatório final deve ser apresentado no dia 18 de setembro e os trabalhos da comissão devem terminar no final do mesmo mês.
Na próxima 3ª feira (30.mai), os parlamentares já darão inicio às tomadas de depoimento. Os três convidados da próxima sessão são o presidente do Vila Nova futebol, o promotor Fernando Cesconetto, responsável pelos inquéritos, e o procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres.
Durante a sessão, parlamentares destacaram que será preciso regulamentar o mercado de apostas.
"A manipulação é fomentada pelos interesses das apostas. Nós devemos, essa CPI deve estar de olho na regulamentação dessas apostas, porque está correlata ao que está ocorrendo nas manipulações", diz o delegado Cunha, deputado federal (PP-SP).
O presidente da CPI não descartou investigar possiveis manipulações no futebol feminino. "A gente apenas deixou em aberto e caso nas investigações apareçam a gente possa investigar o futebol feminino", disse o deputado federal Julio Arcoverde (PP-PI).
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