Pacheco diz que judiciário sofre ataques sem fundamentos ou provas
Presidente do Senado comentou sobre período de instabilidade e defendeu importância da democracia
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, na 5ª feira (12.mai), que o Poder Judiciário está sofrendo ataques sem fundamentos ou provas. A declaração foi feita durante participação no XXIV Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador, onde o parlamentar defendeu e reforçou a importância da democracia.
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"É difícil pensar que em pleno ano de 2022, com todos os problemas que temos no país, ainda precisamos ter a energia necessária para defender a democracia, que já está assimilada na sociedade", declarou Pacheco. "É inimaginável pensar também que, a essa altura, nós estejamos a defender instituições e a defender o Poder Judiciário de ataques absolutamente sem fundamento algum e sem razoabilidade", completou.
O parlamentar frisou ainda que todos, sem exceção, deveriam ter a obrigação de se unir para defender a democracia, uma vez que o momento é de "certa instabilidade", de "ataques antidemocráticos" e de "atentados muito nocivos à sociedade brasileira. Em defesa, Pacheco disse sempre se manifestar de forma imediata e proporcional quando algum ataque ao Judiciário é feito.
A declaração do presidente do Senado acontece em meio a falas frequentes contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e também à Justiça Eleitoral. O último episódio, por exemplo, foi a resposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) às declarações do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, sobre uma possível tentativa de interferência das Forças Armadas no processo eleitoral.
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"Ministro Fachin disse que quem trata de eleição são as 'forças desarmadas' e que ninguém e nada interferirá na Justiça Eleitoral. Eu não sei de onde ele está tirando esse fantasma que as Forças Armadas querem interferir no processo eleitoral", disse o chefe de Estado. "Deixo claro que as Forças Armadas não estão se metendo nas eleições, elas foram convidadas por uma portaria do então presidente [Luís Roberto] Barroso", acrescentou.
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