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Congresso

Silveira chama Moraes de "reizinho do Brasil" e "menino mimado"

Nesta quarta (20.abr), o deputado vai ser julgado por ataques ao Supremo Tribunal Federal

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Deputado Daniel Silveira | Plínio Xavier/Câmara dos Deputados
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O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), durante sessão plenária, nesta quarta-feira (20.abr), chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de "reizinho do Brasil", "menino mimado" e "marginal". 

"Alexandre de Moraes, o ministro que é o reizinho do Brasil, um menininho frustrado que age da maneira dele fora da Constituição Federal. Tem muita coragem, muita coragem atrás da mesa com uma caneta e o poder de mando. Eu fiquei 11 meses em um presídio sem crime, mas eu acho que eu tava mais livre, porque o menor presídio do mundo é a toga do ministro Alexandre de Moraes, que só cabe um marginal", destacou.

Antes da fala do deputado no plenário, o ministro do STF decidiu multar em R$ 2 mil o advogado do parlamentar por abuso do "direito de recorrer". 

Durante o discurso, Silveira ainda declarou que o julgamento é um "atentado" contra o Legislativo. "Infelizmente hoje temos esse julgamento que eu espero realmente, que os deputados possam perceber, quando olharem objetivamente para este tempo, percebam que atentaram contra o Poder Legislativo. Não contra Daniel Silveira. Eu sou efêmero", disse.

Julgamento

Nesta quarta-feira (20.abr), Daniel Silveira -- que responde a um processo por atos antidemocráticos e ataques diretos a ministros do STF -- será julgado pela Corte. Se for condenado, o caso segue para a Câmara dos Deputados, que pode decidir pela cassação do mandato do parlamentar. A expectativa é que a audiência seja concluída ainda hoje, mas os ministros não descartam um eventual pedido de vista, quando o processo é retirado de pauta para análise devido à indecisão em relação aos votos.

Daniel Silveira foi preso em fevereiro de 2021 após a divulgação de um vídeo em que defendia a ditadura. Ele passou a cumprir prisão domiciliar, mas foi preso novamente por ter violado as regras do monitoramento eletrônico. Em novembro, teve a prisão revogada pelo STF, mas, após novo ataque, em março deste ano, voltou a ser obrigado a utilizar a tornozeleira eletrônica. 

O deputado, no entanto, resistiu à decisão, criticou o ministro do STF Alexandre de Moraes e dormiu na Câmara dos Deputados para não cumprir a medida. Por fim, após ser condenado a pagar multa diária de R$ 15 mil por descumprimento da decisão judicial e ter as contas bancárias bloqueadas, Silveira recuou e aceitou colocar o aparelho eletrônico no tornozelo.

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