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Congresso

Irmão e tio de Moïse dizem que houve edição no vídeo divulgado

Segundo parentes do congolês, outras pessoas envolvidas no crime não estão sendo investigadas

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tio e irmão de Moïse Kabagambe
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O irmão e o tio de Moïse Kabagambe, Djodjo Kabagambe e Yannick Kamanda, participaram de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa no Senado, nesta manhã (8.fev), e afirmaram que o vídeo divulgado da morte do jovem congolês foi editado e que nem todos os participantes foram presos.

"Estamos pedindo ajuda de todos e, principalmente, da polícia para que possa liberar o vídeo total na delegacia de homicídio, que possa ver que tinham mais pessoas que participaram, e queremos todos presos, todos que fizeram isso com nosso irmão", destaca o irmão de Moïse. 

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Segundo os parentes do jovem que foi brutalmente assassinado por chutes e golpes em um quiosque na Barra da Tijuca, bairro do Rio de Janeiro, há pessoas envolvidas no crime que não estão presas e nem estão sendo investigadas. Três homens envolvidos foram presos. 

"Há sim participação de outras pessoas, quanto em qualidade de omissão de socorro e agressões, mas esse vídeo não está parecendo. Sem a prisão de todos os envolvidos minha família não se sentirá segura", destaca o tio de Moïse. O crime aconteceu em 24 de janeiro e Moïse foi agredido até a morte por ter cobrado duas diárias de pagamento atrasadas. 

A participação dos parentes do jovem foi remota. A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa debateu sobre a violência contra migrantes e refugiados no Brasil e o caso Moïse. Participaram também da reunião a vereadora da Assembleia Estadual do Rio de Janeiro Tainá de Paula e o secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Alvaro Quintão, entre outros presentes.Segundo Quintão, o vídeo da morte de Moïse foi editado.

"O delegado só nos atendeu depois que parte do vídeo já havia sido liberada para a imprensa. Pequenas pílulas de vídeo onde mostravam, em alguns casos, o Moïse chateado, revoltado, cobrando a remuneração pelo seu trabalho. Essas foram as primeiras imagens a aparecer. Logo em seguida começaram vazamentos seletivos de peças do inquérito, onde, depois de terem espancado fisicamente o Moïse, tentam agora espancar a sua honra, a sua história", ressaltou o secretário-geral da OAB do Rio.

O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos no Senado, afirmou que esta denúncia da edição do vídeo é muito grave e vai ser acompanhada pelas comissãos que irão monitorar as investigações do caso  Moïse no Rio de Janeiro.

Confira a participação dos familiares de Moïse na comissão: 

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