Precatórios: após repercussão, PDT discute união partidária no 2º turno
Sigla não fechou questão e liberou deputados para votarem no 1º turno; maioria foi favorável
Gabriela Vinhal
Após Ciro Gomes adiar anúncio da pré-candidatura à Presidência em 2022 pelo PDT, o presidente da sigla, Carlos Lupi, estuda convocar uma reunião com parlamentares para discutir união partidária no segundo turno de votação da PEC dos Precatórios.
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A reação do partido ocorre em meio à atitude de Ciro e às críticas de deputados que avaliaram como uma "falha de comunicação" da legenda a votação da proposta. Segundo congressistas ouvidos pela reportagem, não ficou claro que a PEC era um "assunto partidário" e, por isso, teriam liberdade para escolher como votariam.
"O que está acontecendo é fruto de uma omissão inicial do partido. Se o partido, ou o próprio Ciro, tivesse chamado a bancada para dizer que o tema era uma causa partidária, teríamos feito uma discussão sobre a votação", disse um deputado que votou a favor da PEC.
Questionado se avaliava mudar o voto para o segundo turno, disse: "Sem dúvida nenhuma. Todo debate vai ser possível. Se o partido chamar para uma reunião, vamos debater as possibilidades futuras".
Outro parlamentar ouvido pelo SBT News disse que quem articulou as negociações com membros da bancada foi o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que aceitou dar prioridade para projetos importantes para o grupo, como o que trata do piso salarial dos professores e o que prevê a constitucionalização de programas de renda mínima -- para evitar que se tornem causas eleitoreiras, informou o deputado.
Interlocutores de Lupi admitiram que não houve exatamente uma reunião da direção partidária com a bancada e que a votação caiu como uma "surpresa" na estrutura partidária. No entanto, afirmaram que o presidente do partido esta conduzindo a situação para manter a união na sigla.
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