Em última semana, CPI mira nas empresas VTCLog e Prevent Senior
Dois depoimentos estão marcados e senadores devem chamar casal de médicos que fez dossiê contra a Prevent
Com mais de cinco meses desde o início dos trabalhos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid se prepara para dar início à última semana de depoimentos. A intenção dos senadores nesta reta final é aprofundar as investigações contra a VTCLog, empresa acusada de estar envolvida em supostas irregularidades com o Ministério da Saúde, e contra a Prevent Senior -- operadora de saúde que tem sido alvo de denúncias pelo uso de medicamentos sem eficácia contra a covid-19 e por possível manipulação de causas de morte pela doença.
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O primeiro depoimento será o do sócio da VTCLog, Raimundo Nonato Brasil, na 3ª feira (5.out). Ele deve ser questionado sobre a relação que a empresa tinha com o Ministério da Saúde e se houve irregularidade em contratos com o governo, inclusive na distribuição de vacinas. A empresa atua na área de logística e presta serviços à Saúde desde 2018.
A VTCLog foi alvo de apuração da CPI no depoimento do motoboy Ivanildo Gonçalves, que prestava serviços para a empresa. Ivanildo fez saques que somam R$ 4,7 milhões, em datas que coincidem com extratos do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, que também depôs à comissão e chegou a ser preso após a oitiva. Dias foi acusado de ter oferecido propina em negociações de imunizantes.
Já na 4ª feira (6.out), a oitiva será com o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho. A ida dele à CPI tem relação com as denúncias contra a Prevent Senior. Há suspeita de que a agência tenha sido conivente com a má conduta médica praticada pela operadora.
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O depoimento de 5ª feira (6.out) ainda não foi divulgado. Mas há expectativa que seja do casal de médicos que produziu o dossiê contra a Prevent Senior, George Joppert Neto e Andressa Fernandes Joppert. Na última semana, a comissão aprovou requerimento para chamá-los.
O documento produzido pelos profissionais da saúde, com apoio da advogada Bruna Morato que depôs na última semana, aponta uma série de denúncias contra a operadora de saúde. Como médicos serem obrigados a prescrever o kit covid - de medicamentos como cloroquina, hidroxocloroquina e ivermectina, não terem prestado toda atenção hospitalar possível a infectados pela doença e a manipulação de dados sobre mortes por covid.