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Congresso

Bezerra: "CPI da Covid foi um instrumento de ataque político"

Líder do governo diz que base de Bolsonaro prepara voto em separado para contrapor parecer de Renan

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Fernando Bezerra
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A poucas semanas do fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), insiste na tese de que as investigações funcionaram como um "instrumento de ataque político" ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com acusações "frágeis e genéricas", e avisa que o governo está se preparando com "todas as cautelas jurídicas" para quando o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), apresentar o parecer final da comissão. 

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Em entrevista ao SBT News, Bezerra afirma que o voto em separado elaborado pelo senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) terá contra-argumentos para desqualificar a conclusão do parlamentar alagoano, e será enviado à Procuradoria-Geral da República tão logo o relatório for encaminhado ao Ministério Público Federal. O documento sairá em defesa de Bolsonaro e não mirará outros integrantes do Executivo. 

"A CPI desde o seu primeiro momento se transformou em um verdadeiro palanque eleitoral. Ela foi contaminada com esse viés político. A nossa expectativa é que a comissão pudesse trabalhar para produzir uma legislação que pudesse preparar o país para a ocorrência de novas pandemias e novas emergências na área da saúde pública, mas ela preferiu a politização exagerada", disse. 

O líder do governo ainda atribui à pandemia a alta dos preços dos combustíveis, dos alimentos e da inflação, e minimiza a responsabilidade de Bolsonaro sobre a crise econômica e hídrica do país. "A pandemia retirou o emprego de muita gente, sobretudo do setor informal. Provocou aceleração dos preços, sobretudo de alimentos e de combustíveis. Isso não é um fenômeno só do Brasil, está ocorrendo em todas as economias do mundo", argumentou. 

Agenda Econômica

Tramitam no Senado duas propostas da agenda econômica: as reformas tributária e do imposto de renda. A primeira aguarda deliberação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a segunda, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A expectativa é que sejam analisadas até 20 de outubro, para serem levadas a plenário até o dia 25 do mesmo mês. Ambas devem ser votadas juntas, após um acordo costurado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). 

Apesar do desgaste político do Bolsonaro após ataques às instituições e a alguns parlamentares, Bezerra garante que já há ambiente para o avança na pauta prioritária do governo. O senador cita a carta divulgada pelo presidente, elaborada com auxílio do ex-presidente da República Michel Temer: "Aqui no Senado, de forma particular, esse comportamento do presidente de valorizar essa agenda de reformas e o diálogo com as instituições tem criado um ambiente mais favorável para que as matérias possam avançar". 

Assista à entrevista completa: 

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