Flávio Bolsonaro representará contra membros do MP por vazamentos
Relatório do Coaf indicou movimentações financeiras atípicas de pessoas ligadas ao senador
Gabriela Vinhal
A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) vai representar contra membros do Ministério Público do Rio de Janeiro pelo vazamento de informações sigilosas de um relatório produzido em agosto deste ano pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O documento indicou movimentações financeiras atípicas de pessoas próximas ao parlamentar.
Os advogados Luciana Pires, Rodrigo Roca e Juliana Bierrenbach afirmaram, em nota, que a defesa "se viu obrigada" a representar contra integrantes do MPRJ "para que o direito e as regras da Justiça fossem respeitadas" e que "não medirá esforços" para restabelecer o cumprimento da lei. Além disso, declarou que o órgão "age de maneira irresponsável e ilegal" ao vazar documentos sigilosos.
O MPRJ investiga o novo relatório, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo o documento, o polícia militar Diego Ambrósio, citado no caso das "rachadinhas", fez seis transferências financeiras para a loja de chocolates do senador, entre 2015 e 2018. Além disso, identificou também o pagamento de um boleto de R$ 16,5 mil em nome de Fernanda, esposa de Flávio.
Leia a íntegra da nota:
"O Ministério Público do Rio de Janeiro, mais uma vez, age de maneira irresponsável e ilegal ao vazar para a imprensa dados e documentos sigilosos. Esse tipo de comportamento tem induzido o público a julgamentos precipitados e incentivado perseguições injustas e campanhas de difamação. No passado, a defesa se viu obrigada a representar contra integrantes do Ministério Público para que o direito e as regras da Justiça fossem respeitadas e, diante do mais recente abuso, não mediremos esforços para restabelecer o cumprimento da lei."