Congresso
Contrariando Bolsonaro, líder do governo na Câmara reitera crítica à Anvisa
Ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR) reclama de burocracia com vacinas
SBT News
• Atualizado em
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O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara, voltou a criticar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em mensagem publicada no Twitter neste sábado (6.fev).
Na publicação, Barros diz que 11 vacinas no mundo "já foram aprovadas em seus respectivos países com a segurança e a eficácia verificadas" e que "enquanto os papéis dormem as pessoas morrem".
O comentário do deputado reitera o que ele disse em uma entrevista dele ao jornal O Estado de São Paulo na semana anterior. Na ocasião, Barros afirmou que pretende "enquadrar" a agência; também declarou que ela está "fora da casinha" e "só na segurança e na eficácia e agilidade nenhuma, zero".
O comentário sobre o mundo já ter 11 vacinas já havia sido feito na entrevista. O tuíte, embora não cite a agência diretamente, é uma repetição do discurso "anti-burocracia" anterior.
Barros também tem um histórico de tensão com a agência. Em seu tempo como ministro da Saúde, durante a gestão de Michel Temer, chegou a reclamar da burocracia da Anvisa.
Ao se contrapor à Anvisa, Barros coloca o presidente Jair Bolsonaro em uma posição difícil. O presidente vê o seu representante na Câmara em posição de combate com o diretor da agência, Antonio Barra Torres, com quem tem proximidade.
Na última 5ª feira (4.fev), mesmo dia da publicação da entrevista de Ricardo Barros, Bolsonaro convidou Barra Torres para participar em sua transmissão ao vivo semanal - uma sinalização do prestígio que ele tem junto ao presidente. Na live, Bolsonaro disse que a agência "não pode sofrer pressão de quem quer que seja".
Ao publicar a mensagem no fim de semana, Barros mostra não ter recuado mesmo depois da indicação do presidente. Cabe a Bolsonaro decidir se tenta colocar panos quentes na situação.
Na publicação, Barros diz que 11 vacinas no mundo "já foram aprovadas em seus respectivos países com a segurança e a eficácia verificadas" e que "enquanto os papéis dormem as pessoas morrem".
Vivemos uma emergência, já temos 11 vacinas no mundo que já foram aprovadas em seus respectivos países com a segurança e a eficácia verificadas. O povo quer ser vacinado e @jairbolsonaro já garantiu R$ 20 bilhões que dá pra comprar vacina pra todos os brasileiros. pic.twitter.com/S5ZqELFnMJ
? Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) February 6, 2021
O comentário do deputado reitera o que ele disse em uma entrevista dele ao jornal O Estado de São Paulo na semana anterior. Na ocasião, Barros afirmou que pretende "enquadrar" a agência; também declarou que ela está "fora da casinha" e "só na segurança e na eficácia e agilidade nenhuma, zero".
O comentário sobre o mundo já ter 11 vacinas já havia sido feito na entrevista. O tuíte, embora não cite a agência diretamente, é uma repetição do discurso "anti-burocracia" anterior.
Barros também tem um histórico de tensão com a agência. Em seu tempo como ministro da Saúde, durante a gestão de Michel Temer, chegou a reclamar da burocracia da Anvisa.
UM DILEMA PARA BOLSONARO
Ao se contrapor à Anvisa, Barros coloca o presidente Jair Bolsonaro em uma posição difícil. O presidente vê o seu representante na Câmara em posição de combate com o diretor da agência, Antonio Barra Torres, com quem tem proximidade.
Na última 5ª feira (4.fev), mesmo dia da publicação da entrevista de Ricardo Barros, Bolsonaro convidou Barra Torres para participar em sua transmissão ao vivo semanal - uma sinalização do prestígio que ele tem junto ao presidente. Na live, Bolsonaro disse que a agência "não pode sofrer pressão de quem quer que seja".
Ao publicar a mensagem no fim de semana, Barros mostra não ter recuado mesmo depois da indicação do presidente. Cabe a Bolsonaro decidir se tenta colocar panos quentes na situação.
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