Congresso
Diretor da Anvisa nega interferência política em decisões sobre vacina
Antônio Barra Torres admitiu que o tema já foi politizado, mas que "não tem controle" do que se passa fora da agência
Gabriela Vinhal
• Atualizado em
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O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, afirmou nesta 6ª feira (13.nov) que não há interferência política nas decisões do agência referentes à CoronaVac. Os testes da vacina foram suspensos pelo órgão após a morte de um voluntário ter sido notificada. Entretanto, o motivo não tinha qualquer ligação com os estudos do medicamento.
"A Anvisa não deseja, não quer e passa longe de qualquer tipo de politização a respeito dessa questão [suspensão da CoronaVac] ou qualquer outra. É a mesma Anvisa que atuou na liberação dos testes rápidos, na liberação dos respiradores. Que atuou nos insumos, para que as pessoas fossem entubadas em UTIs. É a mesma. Não mudou absolutamente nada, não teve troca de corpo técnico", disse Torres durante audiência pública na Comissão Mista que trata das medidas referentes ao coronavírus.
O diretor admitiu que "infelizmente" politizaram o tema, mas ressaltou que a Anvisa "não tem controle do que se passa do lado de fora da agência". Assim que houve a suspensão dos testes em decorrência de um "evento adverso grave", o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou as redes sociais para celebrar sua "vitória" contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
"Não é razoável que neste momento pairem dúvidas sobre a lisura da agência neste sentido, principalmente do seu corpo técnico. Se há alguma razão, se há alguma necessidade que essas dúvidas pairem sobre a minha pessoa ou de qualquer outro diretor, que assim seja, mas não sobre o corpo técnico da agência, porque o corpo técnico continua. Os diretores passam, o corpo técnico continua. E essa decisão foi uma decisão técnica", justificou.
Segundo Torres, a decisão de suspender os testes da CoronaVac foi feita por um grupo de 18 especialistas e que não há interferência dele ou da outra diretora da agência, a farmacêutica Alessandra Bastos Soares: "Justamente para que esse grupo tenha a tranquilidade e a autonomia científica que precisa ter, sem receber influência nenhuma".
"A Anvisa não deseja, não quer e passa longe de qualquer tipo de politização a respeito dessa questão [suspensão da CoronaVac] ou qualquer outra. É a mesma Anvisa que atuou na liberação dos testes rápidos, na liberação dos respiradores. Que atuou nos insumos, para que as pessoas fossem entubadas em UTIs. É a mesma. Não mudou absolutamente nada, não teve troca de corpo técnico", disse Torres durante audiência pública na Comissão Mista que trata das medidas referentes ao coronavírus.
O diretor admitiu que "infelizmente" politizaram o tema, mas ressaltou que a Anvisa "não tem controle do que se passa do lado de fora da agência". Assim que houve a suspensão dos testes em decorrência de um "evento adverso grave", o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou as redes sociais para celebrar sua "vitória" contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
"Não é razoável que neste momento pairem dúvidas sobre a lisura da agência neste sentido, principalmente do seu corpo técnico. Se há alguma razão, se há alguma necessidade que essas dúvidas pairem sobre a minha pessoa ou de qualquer outro diretor, que assim seja, mas não sobre o corpo técnico da agência, porque o corpo técnico continua. Os diretores passam, o corpo técnico continua. E essa decisão foi uma decisão técnica", justificou.
Segundo Torres, a decisão de suspender os testes da CoronaVac foi feita por um grupo de 18 especialistas e que não há interferência dele ou da outra diretora da agência, a farmacêutica Alessandra Bastos Soares: "Justamente para que esse grupo tenha a tranquilidade e a autonomia científica que precisa ter, sem receber influência nenhuma".
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