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Cinema

Jornal Los Angeles Times elogia atuação ‘magistral’ de Fernanda Torres em "Ainda Estou Aqui"

Publicação relaciona história do filme com momento político do Brasil; crítica cita trabalho do diretor Walter Salles e o ex-presidente Jair Bolsonaro

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Fernanda Torres em "Ainda Estou Aqui" | Reprodução/IMDb
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O filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, foi avaliado pelo jornal Los Angeles Times, sendo elogiado por sua sensibilidade e pela atuação notável de Fernanda Torres. A performance da atriz, vencedora do Globo de Ouro de melhor atriz de drama, Fernanda Torres foi descrita como "magistral" pela crítica.

"Torres exala a coragem discreta de uma mulher incapaz e sem vontade de se render ao desespero com o passar dos dias e das semanas. Como pode ela, quando precisa criar os filhos e buscar justiça para o marido, que pode ainda estar vivo? Transmitindo uma contenção magistral, Torres faz com que as poucas explosões de Eunice pareçam contidas. Tão distante quanto possível do melodrama, sua atuação é de luto internalizado", afirma o jornal.

No longa, Eunice Paiva, a personagem de Torres, enfrenta um dilema pessoal e político, enquanto busca justiça para seu marido e tenta criar seus filhos. A crítica do jornal americano enfatiza a forma discreta e poderosa com que Fernanda Torres encarna a luta interna de Eunice.

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O Los Angeles Times destaca também a direção de Walter Salles, mencionando sua habilidade em tratar um tema delicado com seriedade, ao mesmo tempo em que dá ênfase à humanidade dos personagens, evitando explorar os horrores de forma excessiva.

De acordo com o jornal de grande circulação, as "atuações desse calibre sutil raramente são celebradas, mas a atitude despretensiosa de Torres provou ser inegável para quem a vê". Sobre a direção de Salles, a crítica diz que "há uma elegância impressionante em suas imagens na forma como nos aproximam das pessoas, não dos horrores".

Além da crítica ao filme, o Los Angeles Times também abordou o contexto político do Brasil, classificando como "presidência repressiva" o governo de Jair Bolsonaro, e a maneira como o filme surge no cenário pós-pandemia, sendo amplamente abraçado tanto no Brasil quanto no exterior.

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Com o filme ganhando destaque em importantes mercados internacionais, como França e Estados Unidos, o público tem acompanhado as reações da crítica. O Le Monde, na França, teve uma visão oposta sobre a atuação de Fernanda Torres, descrevendo-a como "monocórdica". Já o The New York Times, nos Estados Unidos, elogiou o filme, chamando-o de "atordoante".

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