Anjos da vida real: A história inspiradora de "Uma Vida de Esperança"
Filme que chega ao Brasil nesta semana mostra jornada de solidariedade para salvar a vida de uma criança
Você gosta de uma história emocionante, daquelas para chorar muito? Então, prepare caixas de lenços! Chega aos cinemas nesta semana no Brasil (13) um drama comovente e inspirador baseado numa história verídica que aconteceu há 30 anos aqui nos Estados Unidos.
"Uma Vida de Esperança" é uma daquelas tramas que mostram que existem anjos e heróis reais ao redor da gente, milagres no nosso cotidiano e a importância da união em tempos de crise. Acompanhe a nossa entrevista com a atriz Hilary Swank e como a vida dela também tem tudo a ver com esse enredo que fala também sobre a importância da doação de órgãos.
De repente, uma manchete no jornal sobre uma menina que perdeu a mãe e lutava por sua vida, despertou algo muito forte dentro de Sharon, uma cabeleireira alcoólatra, que também tinha vários problemas.
Ela não conhecia a família da criança, mas se comove ao ponto de incansavelmente começar a fazer campanhas, tentar levantar fundos para pagar as contas de hospitais e ajudar Ed (Alan Ritchson) a se levantar dessa situação e ir em busca de recursos para um transplante de fígado para a pequena Michelle.
A história foi baseada na vida de pessoas reais, com o mesmo nome, que passaram por essa situação em 1994, no estado do Kentucky, e que se tornou um exemplo de como uma pessoa pode fazer a diferença.
Ed, o pai da menina que tinha acabado de perder a esposa, é interpretado pelo ator Alan Ritchson, e a atriz Hilary Swank, dona de dois Oscars ("Menina de Ouro", "Meninos Não Choram"), faz a cabeleireira.
"Eu amei muito essa história e fui atraída por muitos aspectos dela. Ela lida com muitas questões diferentes, desde o vício, a obtenção de uma segunda chance para um doador de órgãos, até a importância de ser gentil, é também sobre amor platônico", nos contou a atriz.
São várias camadas que nos soltam lágrimas constantes. Imagine para a Hillary. Ela tinha acabado de perder o pai quando começou a filmar essa história. Havia passado os últimos anos na companhia dele, que viveu mais do que o esperado graças a um transplante.
"Meu pai recebeu um transplante de pulmão. Este foi um lembrete de quão importante é ser um doador de órgãos e como isso não tira nada de você.
Você não precisa fazer nada, exceto deixar seus órgão para alguém que vai usá-lo. Então, quando você falecer, poderá ajudar a prolongar a vida de alguém. Isso é um presente. Eu vi isso em primeira mão. É realmente um milagre".
A atriz não conheceu a cabeleireira antes de interpretá-la, apenas a encontrou no dia da estreia.
"Não consegui conhecê-la antes de filmarmos, mas ela veio para a estreia, então finalmente consegui conhecê-la. Felizmente, ela gostou do filme. Consegui respirar fundo".
A atriz revelou que se sente mais nervosa ao interpretar uma pessoa real ainda viva, comparando com personagens fictícias.
"É uma grande responsabilidade. Não é algo que considero levianamente. É a vida de alguém. Na estreia depois do filme, eu definitivamente pensei, ah, por favor, espero que Sharon tenha gostado, e gostou! Ela é uma força da natureza. É engraçada, inteligente e prestativa. Ficamos no mesmo hotel e depois que vi o filme e voltamos, ela estava ajudando as pessoas no hotel. Ela realmente é um anjo".
A Sharon da vida real fez tantas coisas por essa família desconhecida, ela levantou toda uma comunidade. Apesar de o final dessa história estar nas manchetes dos jornais, não vá procurá-lo agora, nem vamos contá-lo para você. Deixe para se emocionar na sala escura e se inspire.
"Sinto que temos anjos da vida real vivendo entre nós, assim como Sharon, e que cada um de nós pode ser um anjo na vida de alguém. Acho que é um milagre total vivermos numa época em que vemos a capacidade, através da ciência, de pegar um órgão e colocá-lo no corpo de alguém e fazê-lo continuar a viver. Isso é um milagre.
Quando questionada qual a grande mensagem do filme, Hilary Swank destacou: "Ser gentil com os outros. Acho que realmente perdemos de vista o que é ser gentil e a importância da gentileza. É uma virtude que acho tão linda e que definitivamente precisamos reacender".