Governo argentino toma posse da maior empresa de petróleo do país
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Nas ruas e nos jornais, um assunto dominou a terça-feira na Argentina. Muitos argentinos foram às ruas celebrar a nacionalização da YPF- em espanhol- IPF. Maior petrolífera argentina, a YPF pertence ao grupo espanhol Repsol que detêm quase 60% do capital. Mas, isso por pouco tempo. Para a presidente Cristina Kirchner, a empresa não investe o suficiente no país e por isso, ontem ela enviou ao Congresso um projeto de lei para tomar 51% da empresa.
No México, enquanto participava do Fórum Econômico Mundial, o primeiro-ministro da Espanha criticou a medida. "Não há razões econômicas que expliquem o ocorrido", disse Mariano Rajoy.
As reações prometidas realmente vieram. O presidente da União Europeia disse estar seriamente desapontado e como represália, cancelou um encontro que aconteceria na Argentina na próxima quinta-feira. Os europeus discutiriam a renovação dos benefícios financeiros que a Argentina recebe da União Europeia - um acordo que termina em 2013.
O presidente da espanhola Repsol afirmou que pedirá US$ 18 bilhões e ainda recorrerão na justiça contra o governo de Kirchner. Ele negou falta de investimentos e disse que a nacionalização é uma tentativa de esconder a crise argentina. Depois da recente tensão com a Inglaterra por causa das Ilhas Malvinas, agora aumenta ainda mais a lista de inimigos do governo Cristina.
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