Autor de ataque em escola de São Paulo era agressivo, dizem testemunhas
Adolescente sofria e praticava bullying na sala de aula, segundo colegas e professores
Luciano Teixeira
O autor do ataque em uma escola de São Paulo, que matou uma professora e deixou cinco feridos, era um adolescente agressivo, segundo testemunhas. Ele havia brigado com outro estudante na semana passada e foi chamado pela direção da escola para dar explicações nesta 2ª feira (27.mar).
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O agressor cursava o 8° ano do ensino fundamental na Escola Estadual Thomazia Montoro desde o último dia 10, quando foi transferido após ter problemas de comportamento em outra instituição.
Um adolescente que sofria e praticava bullying na sala de aula. Esse é o perfil do jovem traçado por algumas testemunhas: colegas de sala, professores e funcionários da escola. Segundo os depoimentos, o principal motivo do atentado desta 2ª feira foi uma discussão que ele teve com outros alunos na semana passada.
O jovem de 13 anos teria feito xingamentos racistas a um colega negro. Intimado a contar a sua versão do ocorrido para a direção da escola, algo que aconteceria na manhã desta 2ª feira, ele preferiu agir de outra maneira: com um ataque a faca.
Quando soube do que havia acontecido, a mãe de uma das professoras - de nome Patrícia - chegou muito abalada, temendo que a filha estivesse entre as vítimas: "a Patrícia está bem, graças a Deus ela não foi ferida, eu não consegui falar nada, só abracei minha filha, eu não quis saber de nada", diz.
A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, se apresentava nas redes sociais como uma avó coruja. Socorrida em estado grave, após ser esfaqueada, morreu no hospital vítima de parada cardíaca. Ex-técnica do Instituto Adolfo Lutz, a professora de ciências atuava na unidade desde o começo do ano e, segundo a família, tinha a educação como missão de vida.
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