RJ: Idoso é morto durante tiroteio entre PMs e criminosos no Jacarezinho
Segundo testemunhas, a vítima estava saindo para trabalhar quando foi atingida por uma bala perdida
SBT News
Um idoso morreu após ser baleado durante um tiroteio entre policiais militares e criminosos na Comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro.
Segundo testemunhas, seu Valdemir, de 66 anos, foi atingido por uma bala perdida enquanto saía para trabalhar, na noite da última 5ª feira (16.mar). A vítima ficou no meio do fogo cruzado, chegou a ser socorrida e submetida a cirurgia, mas não resistiu.
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"Infelizmente, para mim, isso não é bala perdida. Um senhor que trabalha, cria filhos, netos. Infelizmente, vamos tirar ele daqui morto, sem vida. E quem vai dar resposta para gente? O Estado?", questionou a amiga da vítima, Wanessa da Silva.
Seu Valdemir morreu no dia em que o filho dele faria aniversário. John Fernandes Mendes Rufino da Silva também morreu na comunidade. Ele tinha 30 anos e foi baleado pelas costas, no episódio que ficou conhecido como Chacina do Jacarezinho, em maio de 2021.
Segundo a Polícia Militar, no confronto desta 5ª feira, policiais do Batalhão de Choque trocaram tiros com traficantes. Vizinhos viram quando Seu Valdemir foi atingido.
"Todo mundo entrou dentro de casa, dentro da minha casa. O rapaz já estava baleado, e sentado na minha calçada, com sangue batendo aqui. O tiro bateu nas costas dele e saiu aqui. Eles mesmos viram que estavam errados, pegaram e levaram o rapaz para o UPA", relata uma testemunha.
Os disparam alcançaram a linho do trem, e as composições tiveram que aguardar para seguir viagem. Pelo menos dois passageiros também ficaram feridos.
Os PMs envolvidos no tiroteio já foram ouvidos pela Polícia Civil. Testemunhas também serão chamadas para prestar depoimento. Os agentes estão em busca de imagens de câmeras de segurança que possam ajudar nas investigações.
Um drama que afeta a comunidade, que é ocupada pela Polícia Militar há quase 2 anos. "A gente é trabalhador. Eles tinham que entender isso. Nós estamos aqui não é porque nós queremos. Nós não temos culpa de nada. Nós trabalhamos, somos trabalhadores, vivemos aqui. A gente tem que sobreviver", desabafa um morador.
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