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Radiologista é preso após denúncia de abuso durante exame médico no Rio

Nos últimos sete meses, três médicos foram detidos pelo mesmo crime no estado

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Radiologista preso
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A Polícia Civil do Rio prendeu um radiologista, na noite da última 4ª feira (1º.mar), acusado de ter abusado de uma paciente, de 26 anos, em uma clínica em Copacabana, na Zona Sul da cidade. Nos últimos sete meses, três médicos foram detidos pelo mesmo crime no estado.

Martinho Gomes de Souza Neto foi preso em flagrante e passou a madrugada na 12ª DP (Copacabana).

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Em entrevista ao SBT Rio, a vítima, que quer ser identificada apenas como Cris, disse que havia contratado um pacote com diversos exames na Clínica da Cidade. Na quarta-feira, ela iria realizar apenas um exame de mama, mas acabou sendo convencida pelo profissional a fazer também um exame ginecológico.

"Nunca tinha feito esse exame antes. Eu não moro no Brasil, moro fora. Eu vim pra fazer tudo aqui porque é mais barato. No início estava tudo muito correto, então eu fiquei mais tranquila", relatou Cris.

Após deitar na maca, a jovem contou que o médico pediu para que ela estimulasse o próprio órgão genital para encontrar os ovários da paciente. Com a desculpa de que não conseguia achar a glândula genital, Martinho Gomes tocou, sem luvas, na parte íntima da vítima.

Incomodada, Cris pediu para o doutor parar, mas não foi atendida.

"Ele me segurou pelo braço, impedindo que eu descesse da maca e falou para eu descer pro lado dele. A sala estava super escura e, nessa hora, eu olhei pra porta. Minha intenção era correr pra porta e sair dali, mas eu vi que tinha uma cadeira", falou a paciente.

Ainda segundo a vítima, ela só conseguiu sair do atendimento após uma funcionária bater na porta da sala. "Ele se assustou, eu corri pro banheiro, botei minha roupa e ele ainda não tinha aberto a porta", lembra Cris. Quando a paciente saiu do banheiro, Martinho abriu a porta e duas enfermeiras entraram na sala.  

Ao relatar o caso para as funcionárias, ela chegou a receber uma proposta de desconto nos serviços contratados. Após negar a oferta, Cris acionou a Polícia.

Durante depoimento, o acusado disse que o procedimento padrão em casos como esse.

Em nota, a Clínica da Cidade disse que prestou todo amparo para a paciente e que lamenta qualquer episódio de violência contra a mulher, além de afirmar que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

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