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Jornalismo

Racista paga fiança de R$ 500 e responderá crime em liberdade

Mulher branca chamou enfermeiro de "negro safado". Profissional da saúde também é policial e deu voz de prisão à criminosa

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Círculo sobre mulher branca durante confusão em shopping
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Uma mulher branca foi presa em flagrante após ofender um enfermeiro em um posto de vacinação contra a Covid-19 em um shopping de Recife (PE). A criminosa, após chamar o trabalhador de "negro safado", pagou uma fiança de apenas R$ 500 e responderá pelo crime em liberdade.

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A agressora, de 49 anos, foi ao local para tentar vacinar a filha, uma adolescente de 14 anos. Porém, os profissionais informaram que a jovem não poderia ser imunizada com a segunda dose, pois não estava dentro da faixa etária de aplicação das vacinas.  

A mulher, então, entrou em um ataque de fúria e começou a xingar os profissionais do posto. No entanto, o enfermeiro alvo do crime racista também é policial militar. A própria vítima deu voz de prisão e levou a criminosa a um local reservado do shopping até acionar uma viatura.  

Ela foi conduzida à delegacia de Boa Viagem e, lá, prestou depoimento. A agressora foi autuada por desacato e injúria racial qualificada. Após o pagamento da fiança de R$ 500, a mulher responderá pelo crime em liberdade. 

A abordagem judicial em casos de racismo é criticada por entidades, já que é considerado o "crime prefeito" no Brasil: com fianças - geralmente baixas - estipuladas e a falta de entendimento em relação à lei, criminosos conseguem permanecer em liberdade mesmo depois de cometer o delito. O crime de injúria racial foi recentemente equiparado ao de racismo, que é inafiançável. No entanto, a aplicação ainda é conflituosa.

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