Perícia traz novas evidências contra madrasta acusada de envenenar enteados
Laudo mostra presença de grânulos, compatíveis com chumbinho, no suco gástrico de sobrevivente
Liane Borges
Um laudo da Polícia Civil trouxe novas evidências no caso da madrasta acusada de envenenar os enteados, no Rio de Janeiro. A perícia comprovou a presença de grânulos, compatíveis com chumbinho, no suco gástrico do adolescente que sobreviveu.
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A análise foi feita a partir do material colhido do estômago do adolescente de 16 anos durante o período de internação. O garoto já recebeu alta e se recupera bem. Foram encontrados, no suco gástrico, quatro grânulos de diferentes tamanhos e coloração variando entre azul escuro e preto. O resultado reforça a hipótese de envenenamento.
A madrasta, Cíntia Mariano Dias Cabral, cumpre prisão temporária por suspeita de ter colocado o veneno no feijão que o enteado e a irmão dele consumiram. Os dois apresentaram os mesmos sintomas. Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, morreu em março.
O resultado da exumação do corpo de Fernanda deve ficar pronto na próxima semana. Segundo os peritos, a análise pode não encontrar elementos suficientes pelo tempo decorrido entre a morte e a exumação do corpo de Fernanda: dois meses.
O delegado do caso, no entanto, acredita ter provas suficientes contra a madrasta, e já pediu a prisão preventiva de Cinthia. Os próprios filhos acusam Cinthia de ser a autora do crime.
Segundo os advogados de defesa, ela nega todos os crimes: "o caso Cinthia Mariano é o maior erro judiciário do Rio de Janeiro, quiçá do Brasil. Ela é a maior interessada na conclusão dessa investigação, mas que essa investigação ocorra de forma técnica, imparcial por parte da perita e por parte da autoridade policial".
Cinthia também é suspeita de envenenar o ex-companheiro, em 2018, e um vizinho, em 2020.
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