Quem não confia em notícias usa redes sociais para se informar, diz estudo
Ainda segundo a pesquisa, essas pessoas se concentram mais nos comentários do que na reportagem
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Para entender melhor como as audiências, particularmente aquelas mais afastadas da vida política e do jornalismo, navegam pelas notícias e informações que encontram nas plataformas digitais, o Instituto Reuters examinou 100 indivíduos em quatro países -- Brasil, Índia, Reino Unido e Estados Unidos -- que têm confiança mínima na maioria das fontes de notícias e interesse abaixo da média em política.
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As respostas revelaram a forma como essas pessoas se comportam ao usar Facebook, WhatsApp e Google no dia a dia. De acordo com os dados, pessoas que "geralmente não confiam" são indiferente às notícias que encontram em plataformas e as poucas notícias que consumem tendem a se concentrar em tópicos como entretenimento e celebridades. Por não entrar no link, os indivíduos faziam um julgamento rápido sobre a informação, apontou o estudo Julgamentos rápidos: como o público que não confia nas notícias navega pelas informações nas plataformas digitais, divulgado na 2ª feira (4.abr).
Ainda segundo a pesquisa, pessoas que tendem a não confiar em notícias, se concentram mais nas informações mínimas transmitidas através das próprias plataformas, em manchetes ou elementos visuais. A relevância do tema também é fundamental na na forma como esse grupo de pessoas fala sobre confiança. Na maioria das vezes, muitos expressaram ceticismo em relação a todas as notícias, mas frequentemente apontaram assuntos políticos e histórias politizadas como conteúdo que tentaram evitar por completo. Em outros tipos de notícias, muitos não se preocupavam muito com a credibilidade porque viam tais tópicos, em grande parte, através das lentes do entretenimento ou como forma de passar o tempo on-line.
Na hora de classificar uma notícias confiável, os entrevistados citaram indicações sociais como um fator relevante. Ou seja, classificavam a notícia como veridíca dependendo de quem a encaminhasse. No Facebook, elementos como comentários e curtidas ajudaram a contextualizar as notícias que encontraram. No Google, a ordem de classificação dos resultados da busca foi especialmente destacada. Mas em todas as três plataformas, muitos tiveram dificuldades para identificar de onde vinha a informação.
Ainda assim, mesmo demonstrando preocupação sobre como as plataformas determinam quais informações são mostradas para ele, muitos dos entrevistados disseram apreciar a forma como elas ofereciam acesso a uma gama de perspectivas, permitindo aos usuários que formassem suas próprias opiniões.