Mais de mil mísseis russos atingiram a Ucrânia desde o início da guerra
Levantamento da ONU indica que mais de 816 civis morreram e outros 1.300 ficaram feridos nos conflitos
SBT Brasil
Pelo menos 1.080 mísseis russos já atingiram a Ucrânia desde o início da guerra, de acordo com informações do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, divulgadas nesta 6ª feira (18.mar).
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Depois de intensos bombardeios à região de Mariupol, agora o foco das forças militares russas é a cidade de Lviv, perto da fronteira com a Polônia, que vem servindo de refúgio para milhares de ucranianos que fugiram de zonas de conflito.
Na praça central de Lviv, luto e protesto se misturaram em um ato que escancarou a pior face da invasão da Rússia à Ucrânia: 109 carrinhos de bebês simbolizavam todas as crianças mortas desde o início da guerra. E, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o número de famílias que vivem a dor da perda de entendes queridos só cresce a cada novo dia de ofensiva do Kremlin.
Em 23 dias de guerra, pelo menos 816 civis perderam a vida, e outros 1.300 ficaram feridos nos confrontos, de acordo com levantamento da ONU. Entre os mortos, está a maior estrela do balé ucraniano e uma atriz aclamada no cinema e no teatro, ambos atingidos por bombardeios na capital ucraniana, Kiev.
O cerco militar russo à cidade Mariupol também continua, o que aumenta a preocupação das autoridades ucranianas com um possível aumento no número de vítimas. Imagens feitas por drones [veja na reportagem] dão uma ideia do tamanho da destruição da região e da imensa fila de carros que tentam cruzar a fronteira do país. Depois de um intenso bombardeio, na última 4ª feira (16.mar), mais de mil pessoas ainda permanecem presas no porão de um teatro, que foi completamente destruído pela artilharia russa.
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Os ucranianos mais idosos permaneceram na região separatista de Donetsk, que foi reconhecida pelo governo Vladimir Putin e poupada das incursões militares. Contudo, até mesmo a população da nova república independente, que é favorável a Moscou, já começa a sentir os reflexos da guerra: falta energia, medicamentos e até alimentos, que começaram a ser racionados.
Com a escalada dos conflitos, os problemas de abastecimento de alimentos na Ucrânia e em outras regiões carentes do mundo já começaram a ser sentidos. Nesta semana, o Programa de Alimentos das Nações Unidas alertou para uma redução significativa no envio de ajuda a países como Yemen e Afeganistão que hoje, segundo a ONU, estão "mergulhados na miséria".
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