Polícia prende empresário suspeito de mandar matar chefe do PCC
Homem é apontado pela polícia como um dos principais responsáveis pela lavagem de dinheiro da facção
O empresário suspeito de ser o mandante do assassinato de um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso nesta 3ª feira (8.fev), na operação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O homem é apontado pela polícia como um dos principais responsáveis pela lavagem de dinheiro da facção.
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Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi detido, bem cedo, no prédio de luxo onde mora, na zona leste de São Paulo. Segundo o DHPP, ele é suspeito de ter mandado matar Anselmo Santa Fausta, vulgo "Magrelo". Anselmo e um comparsa, Antônio Corona Neto, conhecido como "Sem Sangue", foram assassinados no dia 27 de dezembro do ano passado, numa emboscada, no Tatuapé, também na zona leste da capital.
De acordo com o delegado Fabio Baena Martins, "o direcionamento da investigação hoje leva a motivação um investimento de valores em pessoas jurídicas que pode estar ligada a esse fato criminoso". As investigações apontam que Anselmo teria entregue ao empresário R$ 40 milhões para serem investidos em criptomoedas. O tal investimento não deu certo e Anselmo perdeu o dinheiro. Segundo policiais, o homem do PCC fez ameaças ao empresário. Em resposta, Antonio Vinicius teria encomendado a morte de Anselmo. Um pistoleiro fez o serviço, mas a facção criminosa foi bem mais rápida que a polícia e matou o atirador 20 dias depois. Um bilhete foi deixado pelo PCC ao lado do corpo de Noé Alves. Ele ainda foi esquartejado e teve a cabeça jogada no local do crime, na zona leste, em plena tarde de um domingo.
"Parece que ele foi contratado para matar um agiota, não sabia quem ele tava matando", disse o delegado Martins. Por causa do evidente risco de ser assassinado pela facção criminosa, o empresário, segundo a polícia, estava há 15 dias trancado no apartamento de luxo, avaliado em R$ 10 milhões. Ele teve a prisão temporária decretada pela justiça por 30 dias. Policiais fizeram uma busca no apartamento e apreenderam uma arma registrada, munição, computadores, documentos e telefones celulares. Os investigadores esperam encontrar mais do que provas do homicídio.
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