Início da vacinação contra a covid-19 completa um ano
Nos países mais pobres, a cobertura vacinal é de menos de 10% da população

SBT Brasil
A esperança de vencer a pandemia começou há exatamente um ano, com a aplicação da primeira vacina contra a covid-19, no Reino Unido, mas a desigualdade ainda é grande. Os países mais pobres têm, em média, menos de 10% da população imunizada.
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Um ano depois de entrar para a história como a primeira pessoa a receber a vacina contra covid-19 no mundo, no interior da Inglaterra, dona Margaret está firme e forte. Ao lado de May, que a vacinou, a idosa-propaganda, de 93 anos, segue em campanha. "Nem pense muito, tome a vacina para salvar sua vida, dos seus amigos, da sua família e do sistema público de saúde também", disse ela.
Há um ano, o governo britânico aposta todas as fichas na vacinação e expandiu o programa com a chegada da variante Ômicron, especialmente para oferecer as doses de reforço. Mas ele depende do recrutamento de voluntários e enfermeiros para bater a meta de meio milhão de doses administradas por dia. Por outro lado, há países que sequer tiveram acesso a essa quantia no último ano inteiro.
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A desigualdade é gritante. Mais da metade da população mundial está parcialmente vacinada (55,2%). Alguns países já chegaram a mais de 90% da população imunizada com duas doses e já aplicam a terceira. Nos países mais pobres, a cobertura é de menos de 10% da população. É o caso do afeganistão, em profunda crise política e humanitária, que recebeu, nesta 4ª feira (8.dez), 800 mil doses da China.
E aí abre-se espaço para as variantes nadarem de braçada. O aumento de casos da Ômicron tem levado a uma corrida aos postos de vacinação de Londres, onde não faltam vacinas. O intervalo entre a segunda dose e o reforço caiu para três meses. Mais contagiosa, a Ômicron forçou o primeiro-ministro Boris Johnson a impor a volta do home office e do passaporte sanitário em boates e locais com mais de 500 pessoas.
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