Polícia prende 12 pessoas em operação contra roubo de cargas no RJ
Policiais foram recebidos a tiros enquanto cumpriram mandados de prisão em comunidades da zona norte
SBT Brasil
Uma operação policial contra o roubo de cargas no Rio de Janeiro prendeu 12 pessoas. Os policiais foram recebidos a tiros enquanto cumpriram mandados de prisão em comunidades da zona norte da cidade.
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As favelas ficam na divisa com a cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e às margens da linha vermelha, uma das vias expressas mais movimentadas do estado, que chegou a ficar fechada.
Durante a operação, os agentes conseguiram recuperar um caminhão que transportava alimentos e bebidas. A carga, avaliada em R$ 175 mil, já estava sendo saqueada quando os policiais chegaram.
O motorista do caminhão, que não quis se identificar, afirmou: "Eram dois automóveis, estavam armados. Quantos não deu pra precisar porque estava de noite e os carros eram filmados. Mas, enfim, dois entraram no meu veículo e fizeram eu seguir até a comunidade. Apontaram arma e falaram que era para ir pra comunidade".
De acordo com o delegado Vinícius Domingos, a região é estratégica para esse tipo de crime: "Em algumas localidades, embora haja o domínio territorial do tráfico, o tráfico não é tão forte. Essa região, ela tem um posicionamento estratégico, porque ela tem saída e entrada pra três rodovias com grande circulação de veículos, então eles optam por colocar como uma das principais fontes de renda o roubo de cargas".
Um levantamento da Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) revela os impactos do roubo de carga para o setor. Segundo a FIRJAN, entre janeiro e maio de 2021, foram quase 2.000 registros de crimes desse tipo, uma média de 12 por dias e um prejuízo que passa dos R$ 150 milhões.
"A gente sabe que a presença ostensiva das operações é importante, mas também o combate à cadeia do roubo de cargas, ao comércio ilegal de mercadorias, também é relevante. É papel da Polícia, mas também dos municípios, do próprio estado, do combate à essa cadeia, que vai desde a carga que é roubada na rodovia até o receptador dessa mercadoria que vai, eventualmente, vendê-la depois", afirma Isaque Ouverney, gerente de infraestrutura da FIRJAN.