Dimas Covas: "CoronaVac será utilizada, sim, como terceira dose"
Em entrevista ao SBT News, diretor do Butantan falou sobre a aplicação da dose de reforço em SP
SBT News
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, concedeu entrevista ao SBT News, na tarde desta 5ª feira (2.set), a respeito do andamento da vacinação contra a covid-19 no estado de São Paulo. Conforme anunciado pelo governador João Doria (PSDB), a partir da próxima 2ª feira (6. set) será oferecida uma dose de reforço para idosos e imunossuprimidos.
Durante a entrevista, Dimas Covas foi questionado sobre a eficácia da terceira dose. Para ele, o reforço aumenta o nível de anticorpos, sendo considerado uma medida segura contra a doença, com o inuito de evitar uma nova escalada de casos. "A terceira dose é preventiva, prevendo um possível efeito da variante Delta" aponta.
Ainda referente à terceira aplicação, ele garante que o estado de São Paulo vai utilizar o imunizante que estiver disponível -- inclusive a CoronaVac, que vem sendo preterida pelo Ministério da Saúde para o reforço --, e faz um pedido para que a pasta ajude a garantir as doses. Depois de o governo paulista anunciar o início da aplicação da terceira dose, o ministério informou que não garantirá imunizantes para os estados e municípios que adotarem esquemas vacinais diferentes do que foi definido pelos representantes da União, estados e municípios.
Também sobre a CoronaVac, o diretor do Butantan rebateu as críticas sobre a diminuição da eficácia do imunizante em idosos. "Quando a pessoa envelhece existe uma dificuldade do próprio sistema imunologico de responder de forma adequada às vacinas de uma forma geral."
Como alguns brasileiros ainda não tomaram a segunda dose ainda, Covas fez um apelo para que o façam, a fim de acelerar o calendário de vacinação. "É necessários vacinas, são elas que estão diminuindo os números de casos de internação e os óbitos", frisa.
Por fim, o diretor do Butantan ainda comentou sobre a vacina ButanVac, que, segundo ele, já está em produção e passa por fase de testes em três países -- Brasil, Tailândia e Vietnã. Reconhecendo-se otimista, Covas projetou o início da aplicação do imunizante brasileiro para o primeiro semestre de 2022 e destacou que ela deve ajudar na imunização de países mais pobres, dado seu baixo custo de produção.
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