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Covid-19: chance de variante escapar de imunidade anterior alcança 46%

O dado consta em um estudo conduzido por pesquisadores de diferentes países, incluindo o Brasil

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Profissionais da saúde ajustam respirador de paciente deitado em cama dentro de leito hospitalar (Antonio Calanni/AP News)
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A probabilidade de a variante P.1 do novo coronavírus, identificada originalmente em Manaus (AM), escapar dos anticorpos gerados pelo organismo de pessoas que foram infectadas anteriormente por outras linhagens do patógeno fica entre 21% e 46%, segundo um estudo publicado nesta 4ª feira (14 abr.) na revista científica Science. O dado sugere a capacidade da cepa de provocar casos de reinfecção pelo Sars-CoV-2.

Ainda de acordo com o estudo, que foi conduzido por pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Dinamarca e Bélgica, "a P.1 pode ser entre 1,7 e 2,4 vezes mais transmissível do que as linhagens não-P1 locais". Além disso, o trabalho estima que, após o surgimento da variante, as infecções passaram a ser entre 1,2 e 1,9 vezes mais prováveis de levar a pessoa à morte em Manaus, mas pontua que não consegue determinar se esse risco de mortalidade maior está relacionado à própria infecção, ao sobrecarregamento do sistema de saúde ou a esses dois fatores.

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"Nossos resultados sugerem que as características epidemiológicas da P.1 são diferentes daquelas das linhagens locais de Sars-CoV-2 que circulavam anteriormente, mas também destacam uma incerteza substancial na extensão e natureza dessa diferença", afirmam os autores. Para eles, a dinâmica da pandemia na capital amazonense não é explicada apenas pela queda na imunidade natural das pessoas: a forma como a nova cepa é constituída pode ter influenciado.

Para concluir, o estudo recomenda um aumento nos esforços em prol de uma vigilância genômica em tempo real de variantes do coronavírus mundialmente e que sejam feitos com urgência trabalhos para avaliar a eficácia das vacinas da Covid-19 diante da P.1.
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