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Jornalismo

MPF pede explicação sobre não uso de leitos em hospitais militares do AM

Decisão partiu de reportagens que apontaram que 72% das vagas para tratar pacientes na pandemia estão ociosas

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Hospital militar em Manaus
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O Ministério Público Federal pediu nesta sexta-feira (12.fev) esclarecimentos para a União e ao governo do Amazonas sobre o não uso de leitos vagos em hospitais militares na cidade de Manaus durante a pandemia. 

A procuradoria argumenta que pediu esclarecimentos por levar em conta a importância da participação dessas unidades de saúde em momento de crise como o atual. 

O MPF oficiou a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, a Secretaria Executiva do Ministério da Saúde e as diretorias da Policlínica Naval de Manaus. 

A decisão de fazer essa solicitação foi motivada por reportagens que apontaram que 72% dos leitos destinados ao tratamento da covid-19 estão vagos em hospitais das Forças Armadas no Amazonas. O problema ocorre enquanto a rede de saúde do estado está saturada, com mais de 300 pacientes à espera de leitos. 

Os hospitais militares devem detalhar o número de leitos clínicos e de UTI, ocupados e vagos, e explicar se houve alguma medida para ampliar o número deles na pandemia. 

No despacho, a procuradoria afirma que não há motivos que justifiquem para que esses hospitais fiquem "alheios ao caos" no Amazonas. 

"De toda sorte, e considerando todos os esforços empreendidos para o enfrentamento à pandemia de covid-19 no estado do Amazonas, não há, em cognição sumária, motivos justificáveis para que referidas unidades permaneçam alheias ao quadro caótico de saúde que diariamente ceifa dezenas de vidas. Convém registrar que as unidades militares podem ser valer de convênios com entes da federação para ofertar os seus serviços à população, a exemplo do serviço prestado pelo Hospital de Guarnição de Tabatinga, de modo que são necessários esclarecimentos acerca do divulgado", diz no documento.
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