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Covid-19: força-tarefa analisa se 9 milhões de testes ainda são eficazes

Exames dos tipos sorológico e RT-PCR estão com o prazo de validade vencido e seriam incinerados se não passassem por revalidação

Imagem da noticia Covid-19: força-tarefa analisa se 9 milhões de testes ainda são eficazes
Usando luvas de proteção, pesquisador segura teste sorológico para Covid-19 (José Wagner/Governo do Ceará)
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Uma força-tarefa de laboratórios analisará se 9 milhões de testes para Covid-19, que estão com o prazo de validade vencido ou prestes a vencer, ainda são eficazes para detectar o novo coronavírus. Os exames foram importados e, quando chegaram ao Brasil, receberam registro provisório com duração de seis meses da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O prazo atestado pelos fabricantes é maior, mas, com a decisão da Anvisa, eles seriam incinerados agora ou em breve se não passassem por revalidação, causando um enorme prejuízo. Os testes, que são dos tipos sorológico e RT-PCR, pertencem a pelo menos 15 empresas privadas diferentes.

A força-tarefa para reavaliar os produtos é liderada pela Câmara Brasileira de Diagnósticos Laboratoriais (CBDL) e já garantiu novos prazos de validade a outros 7 milhões de testes para Covid-19, que haviam sido comprados pelo Ministério da Saúde.

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Segundo Álvaro Puccinelli Jr., diretor científico da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), a análise é feita com 100 amostras retiradas de pacientes reais, das quais 40 deram diagnóstico positivo para a doença causada pelo Sars-CoV-2, e 60, negativo. "Sabendo esses resultados, passamos uma amostra dos lotes e checamos para ver se os resultados batem. Batendo os resultados, os testes podem ser utilizados", completa.

Para Carlos Gouvêa, presidente da CBDL, o motivo de esses 16 milhões de exames que precisaram ou precisam de revalidação não terem sido usados antes vai "desde uma falsa sensação de segurança de que não era necessário, de que talvez a pandemia não fosse tão séria assim".

Ainda de acordo com ele, ao não aplicar testes para Covid-19, "o prejuízo maior é para o próprio país, fica sem uma informação precisa, fica sem dar um norte para os gestores públicos e, na verdade, a gente vai perdendo terreno na briga contra a pandemia".
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