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UTIs "entrariam em colapso" em 28 dias e SP reabre hospital de campanha

Limite seria atingido se ritmo de internações fosse o mesmo do atual. Serão criados 756 novos leitos para tratar Covid-19

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Leito de UTI em SP
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"O cenário para os próximos dias não é nada tranquilizador, pelo contrário, são sombrios". As falas de João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo demostram o temor com o aumento no número de casos, internações e óbitos e as consequentes restrições que o estado adotará a partir de segunda-feira (22).

Se o estado mantivesse o atual ritmo de internações, de 1,2% a mais por dia, o sistema de saúde entraria em colapso em 28 dias. Foram aproximadamente mil pacientes internados em apenas duas semanas.

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Com 95% a mais de óbitos em apenas três semanas ? com um óbito a cada seis minutos ? e ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) passando os 70%, o governo anunciou a criação de 756 novos leitos e a reativação do hospital de campanha em Heliópolis ? neste, serão 24 camas dedicadas ao tratamento intensivo.

No total, serão 450 leitos de enfermaria e os restantes, 326, em UTI. O hospital de campanha de Heliópolis será reinaugurado em 25 de fevereiro, de acordo com o governador João Doria (PSDB).

O estado de São Paulo atingiu um número de casos em velocidade recorde, mas em uma outra situação. Enquanto a capital dava indícios de queda nos índices, o interior ainda tinha transmissão rápida. Agora, todas as regiões estão com infecções de modo proporcional.

Diante da situação, cirurgias eletivas em hospitais foram canceladas para que a demanda suscitada pela Covid-19 seja atendida. 

"Não vamos esperar segunda-feira para começar a cumprir com as medidas que estão sendo hoje anunciadas. Eu insisto: não fiquem esperando a ordem do governo, a cobrança, a polícia, a multa. A escolha que a gente tem que fazer: reduzir o número de óbitos, salvar vidas ou vamos deixar uma seleção natural, que a natureza escolha quem deva continuar ou quem não deva continuar?", sentenciou Gabbardo pedindo que as pessoas "assumam a responsabilidade" e que "entende a dificuldade dos setores".

São Paulo tem aproximadamente 1,679 milhão de casos e 51,2 mil óbitos por coronavírus.
 
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