Jornalismo
Conselho Federal de Medicina pede que TrateCov seja retirado do ar
Aplicativo criado pelo Ministério da Saúde recomendava uso de medicações para tratamento precoce contra a covid sem comprovação científica
Ricardo Chapola
• Atualizado em
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O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta quinta-fera (21.jan) nota em que pede que o Ministério da Saúde retire o aplicativo TrateCov imediatamente do ar.
Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou que o programa recomenda aos usuários tratamentos que não têm validade científica contra a covid-19. Dentre as recomendações dadas pelo aplicativo estão o uso de cloroquina e de azitromicina.
No texto, o CFM diz que encontrou "inconsistências" na ferramenta. Segundo o conselho, o TrateCov não preserva o sigilo de informações, permite a quem não é médico preencher os formulários, assegura validação cientítica a drogas que não são reconhecidas pela ciência e induz à automedicação.
"Após análise feita por conselheiros e assessores técnicos e jurídicos sobre o aplicativo TrateCov, recém lançado para auxiliar as equipes na coleta de sintomas e sinais de pacientes possivelmente infectados pela covid-19, o Conselho Federal de Medicina alertou ao Ministério da Saúde sobre as seguintes inconsistências da ferramenta", diz a nota.
"Não preserva adequadamente o sigilo das informações; permite seu preenchimento por profissionais não médicos; assegura a validação científica de drogas que não contam com esse reconhecimento internacional; induz à automedicação e à interferência na autonomia dos médicos e não deixa claro, em nenhum momento, a finalidade do uso dos dados preenchidos pelos médicos assistentes".
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a plataforma TrateCov foi lançada como projeto-piloto e que a ferramenta "não estava funcionando oficialmente".
"Informamos que a plataforma TrateCOV foi lançada como um projeto-piloto e não estava funcionando oficialmente, apenas como um simulador. No entanto, o sistema foi invadido e ativado indevidamente ? o que provocou a retirada do ar, que será momentânea", afirmou a pasta.
Nesta semana, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que nunca recomendou tratamento precoce contra a covid-19. Ele afirmou em coletiva de imprensa que sugeria o atendimento precoce. Na mesma entrevista, disse que nunca tinha indicado uso de cloroquina no combate à doença.
Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou que o programa recomenda aos usuários tratamentos que não têm validade científica contra a covid-19. Dentre as recomendações dadas pelo aplicativo estão o uso de cloroquina e de azitromicina.
No texto, o CFM diz que encontrou "inconsistências" na ferramenta. Segundo o conselho, o TrateCov não preserva o sigilo de informações, permite a quem não é médico preencher os formulários, assegura validação cientítica a drogas que não são reconhecidas pela ciência e induz à automedicação.
"Após análise feita por conselheiros e assessores técnicos e jurídicos sobre o aplicativo TrateCov, recém lançado para auxiliar as equipes na coleta de sintomas e sinais de pacientes possivelmente infectados pela covid-19, o Conselho Federal de Medicina alertou ao Ministério da Saúde sobre as seguintes inconsistências da ferramenta", diz a nota.
"Não preserva adequadamente o sigilo das informações; permite seu preenchimento por profissionais não médicos; assegura a validação científica de drogas que não contam com esse reconhecimento internacional; induz à automedicação e à interferência na autonomia dos médicos e não deixa claro, em nenhum momento, a finalidade do uso dos dados preenchidos pelos médicos assistentes".
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a plataforma TrateCov foi lançada como projeto-piloto e que a ferramenta "não estava funcionando oficialmente".
"Informamos que a plataforma TrateCOV foi lançada como um projeto-piloto e não estava funcionando oficialmente, apenas como um simulador. No entanto, o sistema foi invadido e ativado indevidamente ? o que provocou a retirada do ar, que será momentânea", afirmou a pasta.
Nesta semana, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que nunca recomendou tratamento precoce contra a covid-19. Ele afirmou em coletiva de imprensa que sugeria o atendimento precoce. Na mesma entrevista, disse que nunca tinha indicado uso de cloroquina no combate à doença.
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