Polícia de SP aplica mais de R$ 380 mil em multas por soltura de balões no 1º semestre
Operações policiais abrangem todo o território paulista; pena por soltar balões vai de um a três anos de prisão

João Pedro Vaz
A Polícia Militar Ambiental de São Paulo registrou, só no primeiro semestre deste ano, 25 autos de infração e aplicou multas no valor de mais de R$ 380 mil em todo o território paulista. A Polícia Civil, por sua vez, registrou 13 ocorrências nas duas delegacias da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente (DIIMA), na capital paulista, no mesmo período.
As corporações tem intensificado operações conjuntas em todo o estado para coibir a atividade. A prática de soltar balões, considerada uma tradição divertida em algumas regiões, além de ilegal, pode ter consequências incalculáveis, como incêndios, danos estruturais, risco à aviação civil e até mortes, alerta a Secretaria de Segurança Pública do estado.
Quem se envolve na atividade está cometendo crime ambiental grave, com pena de um a três anos de reclusão. Segundo o delegado João Blasi, responsável por investigações em São Paulo, a colaboração da população é essencial para evitar tragédias.
“As pessoas podem cooperar desde o comparecimento pessoal no distrito da área para relatar o crime, até a utilização dos meios eletrônicos, pelos quais, com anonimato garantido, podem-se fazer as denúncias”, explica.
Em 2024, a PM Ambiental aplicou mais de R$ 1 milhão em multas ligadas à atividade baloeira. O crime de soltar balão está previsto no artigo 42 da Lei nº 9.605/98, e passa pela fabricação do balão, venda, transporte e soltura.