Jornalismo
O que se sabe sobre a nova variante do coronavírus?
3 perguntas e respostas sobre a cepa B.1.1.7
SBT News
• Atualizado em
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Pesquisadores do laboratório de diagnóstico Dasa confirmaram ontem a identificação de dois casos em São Paulo da nova variante do coronavírus. Trata-se da cepa B.1.1.7, a mesma detectada no Reino Unido e em diversos países do mundo.
A nova mutação foi detectada pela primeira vez no sudeste da Inglaterra em setembro e está rapidamente se tornando a cepa dominante em Londres e outras regiões do país. Especialistas disseram, no entanto, que não parece mais mortal ou mais resistente às vacinas. No entanto, ela é 56% mais contagiosa.
A nova cepa, que levou o governo britânico a soar o alarme, carrega uma mutação chamada "N501Y" na proteína Spike (espícula) do coronavírus. Por meio dela, o vírus se prende às células humanas para penetrá-las.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram detectadas formas parecidas em vários países, como Austrália (um caso), Dinamarca (9), Holanda (1) e África do Sul. Itália também anunciou que detectou um primeiro caso no domingo. E a França fez anúncio de um caso ontem.
Perguntas e respostas sobre a variante:
1 - Como a nova variedade do vírus é detectada?
Em princípio é preciso sequenciar o material genético do B.1.1.7 para identificá-lo, o que é caro. Um teste diagnóstico de PCR que detecta três segmentos do RNA do vírus, porém, pode ser útil para o monitoramento dessa variante, porque um dos segmentos perdeu sensibilidade ao teste.
2 - Essa variante é mais infecciosa?
"As razões deste aumento na infecciosidade ainda não estão claras. Ainda não descobrimos se isso se deve a uma maior replicação viral, ou a uma melhor conexão com as células que cobrem nariz e pulmões", destacou Peter Openshaw, professor de medicina experimental na Imperial College de Londres, ao Science Media Centre.
3 - A mutação vai prejudicar a efetividade de vacinas?
Há um estudo sugerindo que uma das mutações do B.1.1.7 o ajude a escapar da detecção pelo sistema imune de pessoas teoricamente já resistentes ao coronavírus. Cientistas, porém, creem que vacinas devem gerar imunidade suficientemente abrangente para contornar isso.
"Até o momento, nada indica que esta nova cepa provoque uma taxa de mortalidade mais alta, ou que afete as vacinas e os tratamentos, mas há trabalhos urgentes em andamento para confirmar isso", acrescentou o médico-chefe da Inglaterra, Chris Whitty.
A OMS e o ECDC chegaram à mesma conclusão.
A nova mutação foi detectada pela primeira vez no sudeste da Inglaterra em setembro e está rapidamente se tornando a cepa dominante em Londres e outras regiões do país. Especialistas disseram, no entanto, que não parece mais mortal ou mais resistente às vacinas. No entanto, ela é 56% mais contagiosa.
A nova cepa, que levou o governo britânico a soar o alarme, carrega uma mutação chamada "N501Y" na proteína Spike (espícula) do coronavírus. Por meio dela, o vírus se prende às células humanas para penetrá-las.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram detectadas formas parecidas em vários países, como Austrália (um caso), Dinamarca (9), Holanda (1) e África do Sul. Itália também anunciou que detectou um primeiro caso no domingo. E a França fez anúncio de um caso ontem.
Perguntas e respostas sobre a variante:
1 - Como a nova variedade do vírus é detectada?
Em princípio é preciso sequenciar o material genético do B.1.1.7 para identificá-lo, o que é caro. Um teste diagnóstico de PCR que detecta três segmentos do RNA do vírus, porém, pode ser útil para o monitoramento dessa variante, porque um dos segmentos perdeu sensibilidade ao teste.
2 - Essa variante é mais infecciosa?
"As razões deste aumento na infecciosidade ainda não estão claras. Ainda não descobrimos se isso se deve a uma maior replicação viral, ou a uma melhor conexão com as células que cobrem nariz e pulmões", destacou Peter Openshaw, professor de medicina experimental na Imperial College de Londres, ao Science Media Centre.
3 - A mutação vai prejudicar a efetividade de vacinas?
Há um estudo sugerindo que uma das mutações do B.1.1.7 o ajude a escapar da detecção pelo sistema imune de pessoas teoricamente já resistentes ao coronavírus. Cientistas, porém, creem que vacinas devem gerar imunidade suficientemente abrangente para contornar isso.
"Até o momento, nada indica que esta nova cepa provoque uma taxa de mortalidade mais alta, ou que afete as vacinas e os tratamentos, mas há trabalhos urgentes em andamento para confirmar isso", acrescentou o médico-chefe da Inglaterra, Chris Whitty.
A OMS e o ECDC chegaram à mesma conclusão.
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