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Covid-19: produção de vacinas pode matar meio milhão de tubarões
Organização não governamental americana pressiona para que empresas substituam a fonte de um dos componentes dos imunizantes
SBT Jornalismo
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A extração de uma substância para fabricação de vacinas contra a Covid-19 pode provocar a morte de 489.702 a 536.412 tubarões, de acordo com estimativa da ONG conservacionista americana Shark Allies. Denominada esqualeno, ela é incluída na fórmula de cinco dos 176 diferentes imunizantes que estão sendo testados para combater o novo coronavírus, segundo o grupo, como adjuvante para aumentar a eficiência do produto.
Usado também na fabricação de cosméticos, o esqualeno pode ser produzido a partir de azeite, cana-de-açúcar, fermento, bactérias, algas e do óleo presente no fígado de tubarões. Porém, devido a uma maior rapidez no processo, a última opção é a mais escolhida, levando à morte de 2,7 a 3 milhões de animais por ano. Agora, a Shark Allies teme que o número terá um crescimento expressivo, se as fabricantes de vacinas não fizerem a substituição antes que comecem a produzir imunizantes em escala para atender a demanda mundial.
+ Rússia foi atacada por hackers enquanto desenvolvia vacina para Covid-19
"Não estamos de forma alguma tentando impedir ou retardar o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 ou de qualquer outro tratamento crítico que seja necessário para proteger a humanidade de doenças", pontua a ONG. Por meio de um abaixo-assinado online, os membros cobram que todos adotem fontes de esqualeno que não sejam tubarões, garantindo que não terá interferência na eficácia e quantidade vacinas. Como exemplo, o grupo cita a empresa de biotecnologia Amyris, que extrai a substância da cana-de-açúcar e teria afirmado que consegue fornecer o suficiente para a produção de 1 bilhão de vacinas em um mês ou menos.
Para a diretora executiva da Shark Allies, Stefanie Brendl, "com bilhões de doses [de vacinas] necessárias por ano, nas próximas décadas, é fundamental que não dependamos de recursos de animais selvagens". A ONG aponta ainda que a maior parte do esqualeno obtido a partir de tubarões vem de países cuja legislação é branda para pesca e produção de óleo de peixe.
Usado também na fabricação de cosméticos, o esqualeno pode ser produzido a partir de azeite, cana-de-açúcar, fermento, bactérias, algas e do óleo presente no fígado de tubarões. Porém, devido a uma maior rapidez no processo, a última opção é a mais escolhida, levando à morte de 2,7 a 3 milhões de animais por ano. Agora, a Shark Allies teme que o número terá um crescimento expressivo, se as fabricantes de vacinas não fizerem a substituição antes que comecem a produzir imunizantes em escala para atender a demanda mundial.
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"Não estamos de forma alguma tentando impedir ou retardar o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 ou de qualquer outro tratamento crítico que seja necessário para proteger a humanidade de doenças", pontua a ONG. Por meio de um abaixo-assinado online, os membros cobram que todos adotem fontes de esqualeno que não sejam tubarões, garantindo que não terá interferência na eficácia e quantidade vacinas. Como exemplo, o grupo cita a empresa de biotecnologia Amyris, que extrai a substância da cana-de-açúcar e teria afirmado que consegue fornecer o suficiente para a produção de 1 bilhão de vacinas em um mês ou menos.
Para a diretora executiva da Shark Allies, Stefanie Brendl, "com bilhões de doses [de vacinas] necessárias por ano, nas próximas décadas, é fundamental que não dependamos de recursos de animais selvagens". A ONG aponta ainda que a maior parte do esqualeno obtido a partir de tubarões vem de países cuja legislação é branda para pesca e produção de óleo de peixe.
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