Jornalismo
Pelo menos 28 moradores de rua já morreram de Covid-19 em São Paulo
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 286 pessoas em situação de rua foram infectadas. Entidades acreditam que os números reais são maiores do que os divulgados
SBT News
• Atualizado em
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Dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) revelam que pelo menos 28 pessoas em situação de rua já morreram em decorrência da Covid-19 na cidade de São Paulo. Entre abril e julho, 286 foram infectadas.
Para a Pastoral do Povo da Rua, porém, o número real de óbitos e de contaminações pelo novo coronavírus entre a polução sem teto é muito maior do que o divulgado pela secretaria.
Segundo o Padre Julio Lancellotti, que coordena a entidade, a assistência dada pela Prefeitura de São Paulo aos moradores de rua, durante a pandemia, tem ficado bem abaixo do mínimo necessário.
O Ministério Público (MP) recomendou que 8 mil pessoas em situação de rua fossem acolhidas na capital paulista. Em resposta, a prefeitura abrigou em hotéis da cidade 150 homens, com mais de 60 anos.
"Nós perguntamos: `E as mulheres com crianças, que aumentam vertiginosamente a presença na rua? E os casais, que estão também com crianças nas ruas? Os grupos familiares? E os deficientes físicos?`", questiona o padre Julio Lancellotti.
De acordo com a prefeitura, São Paulo tem mais de 24 mil pessoas em situação de rua. Para acolher toda essa população, o prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou a criação de 1.500 vagas em abrigos da capital.
Hoje, do total de desabrigados, 11.693 recebem acolhimento, enquanto outros 12.651 vivem sem um teto para se abrigar. "Desde o começo, a pergunta era: `Fique em casa. Mas, onde é a casa do morador de rua?`. Então, o isolamento social precisa de condições", conclui o padre Julio Lancellotti.
Para a Pastoral do Povo da Rua, porém, o número real de óbitos e de contaminações pelo novo coronavírus entre a polução sem teto é muito maior do que o divulgado pela secretaria.
Segundo o Padre Julio Lancellotti, que coordena a entidade, a assistência dada pela Prefeitura de São Paulo aos moradores de rua, durante a pandemia, tem ficado bem abaixo do mínimo necessário.
O Ministério Público (MP) recomendou que 8 mil pessoas em situação de rua fossem acolhidas na capital paulista. Em resposta, a prefeitura abrigou em hotéis da cidade 150 homens, com mais de 60 anos.
"Nós perguntamos: `E as mulheres com crianças, que aumentam vertiginosamente a presença na rua? E os casais, que estão também com crianças nas ruas? Os grupos familiares? E os deficientes físicos?`", questiona o padre Julio Lancellotti.
De acordo com a prefeitura, São Paulo tem mais de 24 mil pessoas em situação de rua. Para acolher toda essa população, o prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou a criação de 1.500 vagas em abrigos da capital.
Hoje, do total de desabrigados, 11.693 recebem acolhimento, enquanto outros 12.651 vivem sem um teto para se abrigar. "Desde o começo, a pergunta era: `Fique em casa. Mas, onde é a casa do morador de rua?`. Então, o isolamento social precisa de condições", conclui o padre Julio Lancellotti.
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