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IABAS perde administração de hospitais de campanha no Rio de Janeiro

O contrato será rescindido devido ao atraso na entrega das unidades. A organização social foi alvo de uma operação que apura desvios de recursos públicos nas obras

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IABAS perde administração de hospitais de campanha no Rio de Janeiro
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O Governo do Rio de Janeiro decidiu romper o contrato com o Instituto Social de Atenção Básica, o IABAS, que foi responsável por construir e administrar os hospitais de campanha no estado.

Entre os motivos para rescisão do acordo estão irregularidades na gestão e atrasos na entrega das unidades. Dos sete hospitais, previstos para serem inaugurados em abril, apenas o do Maracanã já começou a funcionar.

"A gota d`água foi saber que os respiradores que eles estavam importando não são respiradores. São carrinhos de anestesia e não se prestam para utilização nesses hospitais de campanha. Infelizmente, não podemos continuar com erros. Precisam ser corrigidos", informou o governador do estado, Wilson Witzel. Além da anulação contrato com o IABAS, o Governo também pedirá na Justiça o bloqueio dos bens da organização social.

Agora, as unidades ficarão sob a responsabilidade da Fundação Estadual de Saúde, órgão vinculado à secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, que também deverá terminar as obras dos hospitais que ainda não foram entregues. 

Na semana passada, o IABAS foi alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que apura desvios de recursos públicos na construção dos hospitais de campanha.

Investigadores da chamada "Operação Placebo" também efetuaram buscas na residência oficial do governador do estado e casa onde Witzel morava, antes de ser eleito.

Segundo a denúncia do MPF, haveria uma estrutura, montada no núcleo do Governo do Rio de Janeiro, para beneficiar empresas e autoridades em contratos superfaturados na Saúde. Os procuradores afirmam ainda que Wilson Witzel teria participado das fraudes.

Deputados do Rio logo reagiram às denúncias, e Witzel se tornou alvo de pedidos de impeachment na Assembleia Legislativa do estado. Pelo menos dez ações na ALERJ propõem o afastamento do governador.
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