País proíbe uso da palavra "coronavírus" e população não pode usar máscaras
Medida foi tomada pelo ditador Gurbanguly Berdimuhammedow, do Turcomenistão, que também aboliu "problema" do vocabulário oficial
![País proíbe uso da palavra "coronavírus" e população não pode usar máscaras](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FPais_proibe_858c8beccc.jpg&w=1920&q=90)
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Enquanto o mundo busca soluções para enfrentar a pandemia, no Turcomenistão, um país da antiga União Soviética, qualquer menção a palavra "coronavírus" está terminantemente proibida. A decisão foi tomada pelo ditador Gurbanguly Berdimuhammedow, que está no poder desde 2007, e é conhecido por suas decisões contraditórias. A partir de agora qualquer publicação, seja ela oficial ou independente, que usar o verbete em suas linhas pode ser bloqueada.
A medida se aplica também à população nas ruas. O uso de máscaras e qualquer conversa a respeito da Covid-19 pode resultar em cadeia. O autoritarismo preocupa algumas organizações não-governamentais da região. Vale lembrar que o Turcomenistão é vizinho do Irã, que já soma mais de 3 mil mortes causadas pelo novo coronavírus.
"Esse vácuo de informação não apenas coloca os cidadãos do Turcomenistão em perigo, mas também reforça o autoritarismo do presidente Gurbanguly Berdymukhammedov. Pedimos que as comunidade internacional reaja e o faça responder pelas violações sistemáticas de direitos humanos", pediu uma representante da ONG Repórteres Sem Fronteiras.
Essa não é a primeira palavra banida do idioma por Berdimuhammedow. Ele também excluiu "problema" de qualquer texto ou comunicado. A notícia completamente descabida em tempos de isolamento social mostra uma nação alheia a tudo o que vem ocorrendo. O regime ditatorial no Turcomenistão é comparado, por exemplo, ao da Coreia do Norte, pelo controle quase total das informações.
De acordo com a rádio local, o termo coronavírus deu lugar a palavras menos agressivas, como "doenças respiratórias" ou "enfermidades" e todo o material de combate que vinha sendo distribuído nas escolas e hospitais foi repaginado.
Gurbanguly Berdimuhammedow tem 62 anos e é apenas o segundo presidente da história do país.
![](https://static.sbt.com.br/media/playlist/20100209115700/20100209115717/tn/20200401132354.jpg)
Gurbanguly Berdimuhammedow é conhecido por decisões contraditórias - Crédito: Deutsche Welle
A medida se aplica também à população nas ruas. O uso de máscaras e qualquer conversa a respeito da Covid-19 pode resultar em cadeia. O autoritarismo preocupa algumas organizações não-governamentais da região. Vale lembrar que o Turcomenistão é vizinho do Irã, que já soma mais de 3 mil mortes causadas pelo novo coronavírus.
"Esse vácuo de informação não apenas coloca os cidadãos do Turcomenistão em perigo, mas também reforça o autoritarismo do presidente Gurbanguly Berdymukhammedov. Pedimos que as comunidade internacional reaja e o faça responder pelas violações sistemáticas de direitos humanos", pediu uma representante da ONG Repórteres Sem Fronteiras.
Essa não é a primeira palavra banida do idioma por Berdimuhammedow. Ele também excluiu "problema" de qualquer texto ou comunicado. A notícia completamente descabida em tempos de isolamento social mostra uma nação alheia a tudo o que vem ocorrendo. O regime ditatorial no Turcomenistão é comparado, por exemplo, ao da Coreia do Norte, pelo controle quase total das informações.
De acordo com a rádio local, o termo coronavírus deu lugar a palavras menos agressivas, como "doenças respiratórias" ou "enfermidades" e todo o material de combate que vinha sendo distribuído nas escolas e hospitais foi repaginado.
Gurbanguly Berdimuhammedow tem 62 anos e é apenas o segundo presidente da história do país.
![](https://static.sbt.com.br/media/playlist/20100209115700/20100209115717/tn/20200401132354.jpg)
Gurbanguly Berdimuhammedow é conhecido por decisões contraditórias - Crédito: Deutsche Welle
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